Risco: Dilma vai ser Tsipras ou Putin?

"Cercado, Putin defendeu o interesse nacional com mais fúria ainda.

Paulo Henrique Amorim, Conversa Afiada

O PiG se lambuza na perda do grau de investimento.

O Aecím diz que acabou o Governo Dilma.

Vai ter que esperar três anos e três meses...

Quem mandou a Dilma se deixar medir pela régua desses medíocres economistas de bancos das agências de risco?

(Veja como os bancos ganham muito dinheiro quando o Brasil perde o grau de investimento.)

O Brasil se encarcerou na lógica do "ajuste" do Levy.

O Brasil se fez refém da Economia neolibelês - uma forma dentre muitas de conhecer a realidade é que se torna a própria realidade, com a maciça difusão da teologia neoliberal.

E agora, Levy, vai ler o Piketty e mirar no lombo dos ricos?

Há duas maneiras de conviver com a perda de grau de investimento.

Agir como o grego Tsipras, o valentão, que se acovardou miseravelmente e se tornou o poodle da Angela Merkel e dos bancos ingleses.

Ou como o Putin, que, em defesa do interesse nacional russo, retomou a Crimeia do Ocidente e voltou a ser o alvo preferido dos americanos que, segundo Henry Kissinger, tornaram a eleger a Rússia como inimigo #1.

Putin deu uma banana a todas as classificações e avaliações dos bancos e pseudo economistas de "agências".

E enfrenta o cerco de um bloqueio econômico como o de Cuba com medidas anti-cíclicas ferozes.

Estabeleceu laços ainda mais profundos e abrangentes com a China.

E dinamizou o programa de exportação de alguns produtos em que ela é imbatível: a indústria de Defesa.

O Brasil pode seguir o caminho de Tsipras ou o de Putin.

Seria mais fácil fazer a opção se o Brasil tivesse duas ou três das centenas de bombas atômicas do Putin.

Mas o Collor e o Fernando Henrique fizeram o favor de renunciar a essa arma de defesa do interesse nacional.

FHC hoje celebra a perda do grau de investimento com a alegria que reserva para o dia em que - é o seu maior desejo - o Moro prender o Lula."

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