Jornal GGN
"Feita pelo Ibope, a 9ª Pesquisa sobre Mobilidade Urbana revela uma queda de 11% no número de paulistanoas que usam o carro todos ou quase todos os dias na cidade. No ano passado, 56% dos moradores da cidade diziam usar o automóvel diariamente, contra 45% em 2015.
Encomendade pela Rede Nossa São Paulo em
parceria com a FecomecioSP, a pesquisa foi divulgada hoje (22), no Dia
Mundial Sem Carro, e entrevistou 700 moradores da capital paulista,
acima dos 16 anos, entre os dias 28 de agosto e 5 de setembro.
A pesquisa também mostra que, caso
houvesse uma boa alternativa de transporte, 80% deixaria de usar o
carro, e que há uma aceitação maior da bicicleta como meio de
transporte.
Do Estadão
Segundo pesquisa para o Dia Mundial Sem Carro, os moradores de SP gastam, em média, oito minutos a menos nos deslocamentos
A 9ª Pesquisa sobre Mobilidade Urbana
feita pelo Ibope para o Dia Mundial Sem Carro, nesta terça-feira, 22,
indica que caiu 11 pontos porcentuais o número de motoristas que usam o
automóvel todos os dias ou quase todos os dias na capital paulista. Em
2014, 56% dos paulistanos diziam usar o carro diariamente, ante 45%
neste ano.
A pesquisa foi encomendada pela Rede
Nossa São Paulo em parceria com a Federação do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Foram
entrevistados 700 moradores da capital, acima de 16 anos, entre os dias
28 de agosto e 5 de setembro. Os números foram apresentados na manhã
desta terça, 22, no Sesc Consolação.
Os moradores de São Paulo gastam, em
média, oito minutos a menos nos deslocamentos em comparação com o ano
anterior, indicou o estudo. Somente entre os que usam o carro todos os
dias, o tempo médio de locomoção diária é de 2h48 uma queda de cinco
minutos em relação aos números de 2014.
Por outro lado, os usuários do
transporte público passaram a gastar dez minutos a mais nos
deslocamentos. Quase a metade dos paulistanos (48%) gasta pelo menos
duas horas por dia, considerando o total.
Segundo Maurício Broinizi, coordenador
da Secretaria Executiva da Rede Nossa São Paulo, a tendência é de que
mais paulistanos deixem o automóvel em casa porque o tempo de
deslocamento entre quem se locomove de carro e de transporte público é
quase igual. "O que está dando para perceber é que, talvez, o tempo de
deslocamento dos ônibus tenha realmente melhorado em relação à locomoção
de carro. O tempo que se gasta no trânsito está quase empatando."
Bicicleta. O levantamento apontou que,
em 2007, 34% afirmavam que não usariam bicicleta na capital "de jeito
nenhum". O número de pessoas que recusava a locomoção por bicicleta vem
caindo ao longo dos anos: em 2014, eram 24% e, em 2015, 13%. Entre os
que não usam bicicleta, 44% declararam que usariam caso houvesse mais
segurança, outros 18% se tivesse mais sinalização nas ruas e 13%, mais
ciclovias (em 2014, o número era 26%).
Caso houvesse uma boa alternativa de transporte, 80% afirmaram que deixariam de usar o carro, contra 71% no ano passado.
Lotação. Em relação ao ano passado,
cresceu a percepção de que a lotação é maior. A pesquisa mostrou que 59%
disseram que a lotação aumentou no último ano, 30% afirmaram que está
igual e 8% acreditam que diminuiu. Em 2014, 39% disseram que a lotação
havia crescido, 54% declararam que estava igual e 7%, que reduziu.
Transporte público. A avaliação do
transporte público é mais negativa entre os que declararam utilizar
carro "todos os dias" ou "quase todos os dias" (4,1) em relação aos
usuários do próprio serviço, que deram nota de 5,1.
A diferença também é grande no item
"tempo gasto para se deslocar": a nota média entre os que usam carro
todos os dias ou quase é 3,3, e de 5,2 entre os que não usam.
Ônibus. As notas em relação ao serviço dos coletivos de São Paulo continuam abaixo da média (5,5).
Mas, de acordo com a pesquisa, "houve
significativa melhora" no porcentual de notas 9 e 10 nos itens como
limpeza, conservação e manutenção dos terminais (passou de 5% para 13%),
cordialidade e respeito por parte de motoristas e cobradores (de 5%
para 10%), limpeza, conservação e manutenção dos ônibus (de 4% para
10%), tempo de duração da viagem (de 2% para 8%), entre outros.
Entre os entrevistados, 90% são a favor
da construção de faixas e corredores de ônibus. "É um dado significativo
porque no começo teve muita reclamação e, agora, os usuários de carros
estão respondendo favoravelmente", afirmou Broinizi.
Áreas problemáticas. As áreas mais
citadas foram saúde (55%), segurança pública (37%), educação (33%),
desemprego (33%), trânsito (29%), transporte coletivo (27%),
abastecimento de água (21%) e poluição (17%). Os itens 'trânsito' e
'transporte público' vêm caindo ao longo dos anos. Hoje são,
respectivamente, a 5ª e 6ª preocupações dos paulistanos.
Em 2014, a preocupação do paulistano com
desemprego era de 11%. Uma pergunta inédita na pesquisa apontou que 62%
dos entrevistados ou alguém que mora no mesmo domicílio já tiveram
problemas de saúde em função da poluição de São Paulo."
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