Janio: o nome dele é Moreira, a fraude

Não foi só a este Tijolaço que repugnou a entrevista, ontem, de Moreira Franco à Folha.
Fernando Brito, Tijolaço 

A gente muito mais significativa, como ao mestre Janio de Freitas, também embrulhou o estômago.

“Nem o próprio Moreira Franco imaginaria ser um dia elevado a manchete promocional da primeira página da Folha, com direito a uma página inteira de foto e entrevista (21.set). Quando governador do Rio, Moreira Franco frequentou muito as páginas da Folha, e nelas ficou para a história em socorro dos que não têm memória ou não conhecem os fatos do seu tempo histórico. Numerosas concorrências dos projetos de Moreira Franco foram anuladas por fraudes, reveladas pela Folha com antecipação do resultado sob disfarce. Várias linhas e estações do metrô, um sistema de abastecimento de água de “necessidade urgente” e até hoje dispensado, um tal “palácio da polícia”, eram bilhões de dólares sob fraudes.
Os dados biográficos de Moreira Franco publicados com a entrevista são novidade, para o Rio, sobre esse piauiense. “Doutorado na Sorbonne” lembra o título do ex-ministro, também na Sorbonne, que a Folha descobriu existir só como imaginação”.

Moreira só não é um zero à esquerda, porque à esquerda ele não é há mais de 30 anos. E, na direita, para onde se passou, é só isso, um embuste.

Quem não ou conhece que o compre.

PS. Sobre o doutorado na Sorbonne, prefiro lembrar o que disse quando de fato o recebeu, Honoris Causa, Darcy Ribeiro, a quem Moreira venceu nas eleições de 1986, com a fraude do Plano Cruzado: “Fracassei em tudo o que tentei  na vida. Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui. Tentei salvar os índios, não consegui. Tentei fazer uma universidade séria e fracassei. Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei. Mas os fracassos são minhas vitórias.Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu”.  Detestaria mesmo, Darcy.

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