Altamiro Borges, Blog do Miro
O jornal Valor informou nesta segunda-feira (31) que "o pastor
e deputado federal Marco Feliciano aceitou o convite do PSC e será
lançado candidato à Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2016. A
decisão foi confirmada pela assessoria de imprensa do
parlamentar. Integrante da bancada evangélica, Feliciano tem pautado seu
mandato pela 'defesa da família' e por bandeiras religiosas, como o
ensino do criacionismo nas escolas públicas e privadas do país. Na
Câmara, o pastor também ficou marcado por declarações polêmicas contra
homossexuais e o casamento gay".
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Com mais esta pré-candidatura exótica, as eleições na
capital paulista no próximo ano deverão virar um verdadeiro show de
horrores. Já está certo que o deputado Celso Russomanno (PRB) voltará a
disputar o pleito. O populista de direita que usa o palanque eletrônico
da Record para se exibir como defensor dos consumidores - sem nunca
criticar grandes empresas ou anunciantes mentirosos - quase venceu as
eleições paulistanas em 2012. Ele disparou na frente, mas tropeçou no
meio da corrida. Foi bombardeado com várias denúncias, mostrou suas
fragilidades, e acabou ficando de fora do segundo turno. Para relembrar a
sua sinistra história basta ler a reportagem "As duas faces de Russomanno".
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Outro que pretende disputar o pleito também se projetou como celebridade
midiática, o que evidencia os estragos causados pela tevê na política
nativa. É o apresentador José Luiz Datena, que explora a violência e
estimula o ódio no seu programa policialesco na Band. Metido a paladino
da ética, ele já havia anunciado que concorreria ao cargo pelo PP de
Paulo Maluf. Diante da saraivada de críticas, o neurótico apresentador -
famoso por suas atitudes intempestivas e agressivas - agora afirma que
vai reavaliar a sua filiação partidária. Mas, garante, que disputará a
prefeitura de São Paulo.
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O PSDB também afirma que terá candidato próprio. O problema são as
costumeiras bicadas no ninho. Quatro pré-candidatos já estão se
esfaqueando: os deputados federais Ricardo Tripoli e Bruno Covas, o
vereador das "abotoaduras de ouro" Andrea Matarazzo, e o
empresário-midiático João Doria Jr.. Este último é o mais risível de
todos e está sendo tratado como um "tucano fora do ninho", já que nunca
pertenceu à sigla - apesar de ser um direitista convicto. Ele liderou o
fracassado movimento "Cansei", que reuniu o esgoto da elite na oposição
ao ex-presidente Lula, e agora é um entusiasta das marchas organizadas
por grupelhos fascistas pelo impeachment de Dilma.
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A eleição na capital paulista ainda deverá ter a participação da
ex-prefeita Marta Suplicy, que deixou o PT e virou uma antipetista
raivosa. Ela transformou sua coluna semanal na Folha em um palanque
contra a presidenta Dilma e o prefeito Fernando Haddad. O problema é que
até agora ela não garantiu uma legenda para a disputa. Num primeiro
momento, ela namorou com o PSB, comandado pelo vice-governador Márcio
França, um tucano disfarçado. Depois, bateu as asas para o PMDB, sigla
famosa pela guerra entre várias tribos. Marta Suplicy também tenta se
travestir de "candidata da ética", mas terá dificuldades para explicar a
presença de Eduardo Cunha no seu palanque... caso tenha palanque!"
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