Cunha, “a palavra final” da propina é “a palavra final” do impeachment?


Fernando Brito, Tijolaço

"Ainda bem que o José Simão já inventou a expressão que diz que o Brasil é o “país da piada pronta”.

Eu ia escrever sobre o prêmio de “gestão hídrica” ganho ontem pelo governador Geraldo Alckmin quando me atropela a manchete dos sites de notícia: Eduardo Cunha dava a palavra final na propinagem na diretoria internacional da Petrobras.

Então, ficamos assim: é Eduardo Cunha quem decide se acata e põe em votação os pedidos de impeachment de Dilma Rousseff por conta da corrupção na qual ele, Cunha, dava “a palavra final”.

Então, com sua maioria da Câmara, afasta Dilma, contra quem não pesa nenhuma acusação pessoal, e segue no comanda da Câmara, apesar de estar nominado por cidadãos confessos como o “chefe” da  patranha.

E aí ela vai a julgamento num Senado onde quase 20% (13 senadores) dos que a julgarão são acusados pela Procuradoria Geral da República.

Será que é preciso dizer que é  risível – e trágico – o que está acontecendo com o bom senso neste país?"

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