Pau que dá em Chico também dá em Francisco? Dá não, Dr. Janot…


Fernando Brito, Tijolaço 

Paulo Henrique Amorim fez a melhor observação de todas sobre a sabatina de Rodrigo Janot no Senado: o olhar baixo e perdido de Aécio Neves.

Uma intervenção vazia, sem conteúdo, da qual, como toda a gentileza, o Procurador tirou a citação, dos tempos da “Derrama” – o imposto cobrado sobre a produção de ouro em Minas Gerais.

Pau que dá em Chico também dá em Francisco.
Será?

Aécio talvez tenha baixado os olhos por medo de que, no Brasil, Chicos e Franciscos sejam tratados da mesma maneira.

Um aeroporto quase “privativo” ao lado de sua fazenda dá em nada.

Uma afirmação do bandido doleiro Youssef, que manda um monte de gente mofar na cadeia, para ele, arquiva-se.

Aparece na “Lista de Furnas”? Deixa que a lista desaparece.

As doações de campanha das mesmas empreiteiras da lava Jato, que no PT são corrupção (como afirma o Ministro Gilmar Mendes), para o tucano – e maiores – são “amor”.

Não, Dr. Janot, pau que dá  em Chico não dá em Francisco.
O senhor lembra que usou esta mesma frase, há dois anos, quando acabara de ser nomeado, prometendo ao Estadão “rigor no mensalão mineiro”, o dos tucanos, e não deu em nada?

Tomara que um dia dê.

Mesmo assim, sem ser punido, a culpa tira a altivez dos olhos de quem a tem.

Talvez a cena fosse mais bem descrita com outro ditado do interior:  Aécio ficou “ficou com cara de cachorro que quebrou panela”.

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