Do DCM
"O blogueiro Fabio Ramirez narrou em seu blog o que viu num show dos Titãs em Cuiabá. Segundo ele, uma patota que comprou um camarote — 2 mil reais — tentou puxar o clássico grito de guerra “Ei, Dilma, vai tomar no cu!”
O resto da plateia não embarcou. Ao final, os coxas ainda levaram um sabão do vocalista Paulo Miklos.
Quase no fim do espetáculo surge um coro do camarote que tenta ecoar pelo salão: “Ei, Dilma, vai tomar no c#”. O grito não pegou, ficou só no camarote com meia dúzia gritando. Pouco antes, o Titãs havia tocado a música ‘Fardado’, lançado em 2014 e inspirada nas jornadas de junho de 2013, quando milhares saíram às ruas por saúde, transporte e educação, enfrentando a repressão dos ‘fardados’.
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Quando os Titãs anunciaram o encerramento do show, decidiram voltar após uma pequena pausa (o retorno faz parte da programação, mas a bronca que viria não). Paulo Miklos pega o microfone e dá o recado: “decidimos tocar essa música de 87, por que ela está muito atual”. A música anunciada era “desordem”, composição feita em momento político de greves gerais pelo país e luta contra a Ditadura Militar.
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Mas o grupinho do camarote parecia não ter entendido o recado, e, após a música, tentam puxar mais um grito de fora Dilma. Novamente sem sucesso, o coro não ecoou pelo salão. Mas Paulo Miklos decide desta vez desabafar no microfone: “vamos manter a ordem democrática! Lutamos por isso, democracia acima de tudo!”. Calando de vez o cantinho do camarote, certamente povoado por parte da elite cuiabana.
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