Globo decreta: Cunha não tem força para o golpe


"Jornal O Globo, da família Marinho, que já havia se posicionado contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, agora vai além e sentencia que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não tem mais condições políticas para levar adiante eventual processo de impedimento; "Se, como consequência de sua denúncia, Cunha acelerar o processo de impeachment contra a presidente Dilma, por exemplo, ficará do ato a suspeita de que se trata de uma retaliação pessoal", escreveu o jornalista Merval Pereira; Ricardo Noblat afirmou que Cunha é um "náufrago à espera do velório"; no entanto, a mensagem ainda não foi compreendida pelo PSDB, de Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso, que ainda sonha com impeachment ou renúncia; tucanos e família Marinho saíram de sintonia

Brasil 247

A edição do jornal O Globo desta quinta-feira representou mais um passo da família Marinho em seu distanciamento em relação ao projeto golpista, que vem sendo liderado pelo PSDB. 

Entre os principais jornais do País, o Globo foi o único que cravou o "isolamento" de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, em razão da denúncia a ser apresentada pelo procurador-geral da República pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Mais do que isso, o jornalista Merval Pereira, que assina a principal coluna política do jornal, praticamente sentenciou que Cunha não tem moral para liderar eventual processo de impeachment. "Se, como consequência de sua denúncia, Cunha acelerar o processo de impeachment contra a presidente Dilma, por exemplo, ficará do ato a suspeita de que se trata de uma retaliação pessoal", disse ele.

Outro colunista do Globo, Ricardo Noblat, publicou, em seu blog, que Cunha é "um náufrago à espera do velório" e previu sua cassação (leia mais aqui).
A mensagem, no entanto, ainda não foi compreendida pelo PSDB. Entre os tucanos, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) ainda tenta articular um impeachment. Antes dele, o senador Fernando Henrique Cardoso propôs a renúncia da presidente Dilma Rousseff. Ou seja: os tucanos e os Marinho perderam a sintonia."

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