Altamiro Borges, Blog do Miro
A "Justiça" nativa vai confirmando a piada que circula na internet:
basta se filiar ao PSDB para você não ser investigado, julgado,
condenado e, muito menos, preso. Na semana passada, numa decisão
absurda, o Ministério Público de Minas Gerais simplesmente pediu o
arquivamento das investigações sobre o aeroporto na cidade mineira de
Cláudio, que foi construído com recursos públicos pelo então governador
Aécio Neves (PSDB-MG) dentro da fazenda do seu tio-avô, Múcio Tolentino.
Os quatro promotores do caso consideraram que "não houve indícios de
irregularidades na construção e no uso do aeroporto", segundo informou a
Folha tucana, numa minúscula notinha neste sábado (8).
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O escândalo só ganhou repercussão graças às eleições presidenciais do ano passado. Ele foi levado à rede nacional de rádio e tevê na campanha pela reeleição de Dilma Rousseff, que também detonou o cambaleante tucano num tenso debate televisivo. Pesquisa feita em Minas Gerais constatou que nem os mineiros conheciam a construção da pista em Cláudio, que sempre foi ocultada pela mídia chapa-branca local e nacional. A partir da denúncia, a própria imprensa foi obrigada a abordar o assunto. A Folha descobriu que as chaves do aeroporto ficavam nas mãos dos parentes de Aécio Neves e que os custos da construção foram acima de outras obras da mesma dimensão.
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O escândalo só ganhou repercussão graças às eleições presidenciais do ano passado. Ele foi levado à rede nacional de rádio e tevê na campanha pela reeleição de Dilma Rousseff, que também detonou o cambaleante tucano num tenso debate televisivo. Pesquisa feita em Minas Gerais constatou que nem os mineiros conheciam a construção da pista em Cláudio, que sempre foi ocultada pela mídia chapa-branca local e nacional. A partir da denúncia, a própria imprensa foi obrigada a abordar o assunto. A Folha descobriu que as chaves do aeroporto ficavam nas mãos dos parentes de Aécio Neves e que os custos da construção foram acima de outras obras da mesma dimensão.
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Na ocasião, o PT entrou com representação na Promotoria para apurar o
caso. Ele também solicitou que fosse apurado se houve superfaturamento
na obra, que custou R$ 14 milhões aos cofres públicos de Minas Gerais.
Agora, os promotores concluem que "nenhum item específico de
superfaturamento no preço da obra executada foi aduzido pelos
representantes em suas peças protocoladas" e pediram o arquivamento do
inquérito. Diante desta decisão tão generosa, o PSDB solta rojões,
afirmando que a decisão "demonstra a injusta exploração política que o
tema teve durante a eleição de 2014". Ou seja: nenhum tucano vai para a
cadeia e ainda posa, na maior caradura, de vestal da ética."
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