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“A Alemanha impõe a sua economia e alta tecnologia, mas não só. Na realidade, esta Alemanha de hoje manda na Europa. As suas decisões são duras e definitivas. É pegar ou largar. E de forma natural, esteja ou não convencido, o resto da Europa consente-o, o que não é habitual na história europeia dos últimos 2000 anos”, defendeu o ex-presidente uruguaio.
“A Alemanha do nosso tempo conseguiu em grande medida o que já quis alcançar por outras vias, mas sem sorte”, acrescentou.
Segundo Mujica, “esta decisão da Europa, não apenas no conteúdo mas também na forma, obriga-nos a pensar de novo que, no fundo, esta Europa que decide é uma herdeira da Europa colonialista”.
Durante um ato diplomático na sede da Associação Latino-americana de Integração, o ex-presidente uruguaio disse ainda que “na Europa não são tão eficientes como se diz”, já que “gastaram 380 bilhões de dólares e não conseguem resolver o assunto, sendo que a Grécia tem uns 12 ou 14 milhões de habitantes”.
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