Temer assume articulação política do governo


Do g1

"A Presidência da República informou nesta terça-feira (7), por meio de nota, que o ministro Pepe Vargas (PT) deixou o comando da Secretaria de Relações Institucionais e que o vice-presidente da República, Michel Temer, presidente nacional do PMDB, assumirá as atribuições da pasta, responsável pela articulação política do governo.

A saída de Vargas se deu após uma tentativa frustrada de transferir o ministro Eliseu Padilha (PMDB), da Aviação Civil, para as Relações Institucionais. Segundo informou o Blog da Cristiana Lôbo, o PMDB barrou a indicação. (…)

Após a confirmação da saída de Pepe Vargas, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, concedeu entrevista no Palácio do Planalto para explicar a mudança. “A incorporação de todas as funções passam a ser administrativamente da Vice-Presidência”, disse o chefe da Casa Civil.

Mercadante, que participou da reunião da presidente com Pepe Vargas, contou que o diálogo foi “tranquilo” e que o ministro se mostrou pronto para “o que for preciso”.

“Foi uma conversa tranquila, com um homem público vivido, experiente e que sabe que essa opção foi a opção que, neste momento, atende às necessidades políticas do governo e do Congresso Nacional”, destacou Mercadante.

(…)

Mercadante destacou a “larga experiência pública e política” do vice-presidente Michel Temer. Segundo ele, a relação do Planalto com o Congresso Nacional deverá ser “harmonizada” com a mudança na articulação política. O ministro frisou, entretanto, que “não se discute” o empenho, a competência e a lealdade de Pepe Vargas.

“Esta solução política, neste momento – com tantos desafios políticos para o país –, ajuda a harmonizar melhor as relações com o Congresso, entre os poderes e com a base”, ressaltou.

Mercadante relatou que a “solução política” foi encontrada após todos os líderes partidários e presidentes de legendas que se reuniram nesta tarde com Dilma reconhecerem que a mudança ajudará “bastante” na interlocução do governo com o Legislativo e no fortalecimento da base aliada. “E até na interlocução com forças políticas da oposição”, observou o chefe da Casa Civil.

O ministro afirmou que a interlocução política é uma “tarefa mais complexa” e não diz respeito a um único partido. Segundo o chefe da Casa Civil, a articulação exigirá “muito diálogo e mediação” com todos os partidos da base e da oposição. Na avaliação do principal conselheiro político da presidente, Temer saberá executar esta função “muito bem”.

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