Rui: 'Não receberemos mais doações de empresas'


"O financiamento empresarial de campanhas chegou ao fim para o Partido dos Trabalhadores e foi anunciado, nesta sexta-feira, pelo presidente da sigla, Rui Falcão; "Não mais receberemos doações de empresas privadas. Essa decisão deve ser referendada no 5º congresso nacional do partido", disse ele; PT avalia que a Lava Jato é uma tentativa de criminalização do partido e que o ex-tesoureiro João Vaccari Neto foi preso por levantar recursos oficiais, pelo caixa 1; “Ao mesmo tempo que lutamos pelo fim do financiamento empresarial, decidimos que os diretórios nacional, estaduais e municipais não mais receberão doações de empresas privadas, devendo esta decisão ser detalhada, regulamentada e referendada pelos delegados ao 5º Congresso Nacional do PT”, diz documento divulgado pelo PT; financiamento empresarial ainda não acabou no País porque o ministro Gilmar Mendes trava processo no STF há mais de um ano

Brasil 247

O financiamento empresarial de campanhas chegou ao fim para o Partido dos Trabalhadores e a decisão foi anunciada, nesta sexta-feira, pelo presidente da legenda, Rui Falcão.
 
"Não mais receberemos doações de empresas privadas. Essa decisão deve ser referendada no 5º congresso nacional do partido", disse ele.
A decisão é uma resposta à prisão do tesoureiro João Vaccari Neto, pelo juiz Sergio Moro.

O PT avalia que a Lava Jato é uma tentativa de criminalização do partido e que o ex-tesoureiro João Vaccari Neto foi preso por levantar recursos oficiais, pelo caixa 1.

“Ao mesmo tempo que lutamos pelo fim do financiamento empresarial, decidimos que os diretórios nacional, estaduais e municipais não mais receberão doações de empresas privadas, devendo esta decisão ser detalhada, regulamentada e referendada pelos delegados ao 5º Congresso Nacional do PT”, diz texto de uma resolução aprovada pelo diretório.

Nesta sexta, o PT também anunciou seu novo tesoureiro: o ex-deputado Marcio Macedo, de Sergipe, que, basicamente, administrará os recursos do fundo partidário para a legenda.

Reforma política

O fim do financiamento privado de campanha é defendido pelo PT e por outros partidos de esquerda, como o Psol. No PSDB, o próprio governador paulista Geraldo Alckmin defendeu a ideia, que conta com a simpatia de entidades como Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, Ordem dos Advogados do Brasil e Central Única dos Trabalhadores.

Mais do que isso, o fim das doações privadas já foi decidido, por 6 a 1, pelo plenário do Supremo Tribunal Federal, mas não foi implementado por um pedido de vistas do ministro Gilmar Mendes, que há mais de um ano engaveta o caso.

Para Gilmar, a corrupção não tem relação com as doações privada, mas com o "DNA" de determinados partidos."

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