Multas altas e rápidas são vitais para evitar abusos das grandes empresas de mídia


, DCM

Ficou claro, hoje, o que se deve fazer para que a mídia seja mais responsável e confie menos na tradicional impunidade de que desfruta.

Basta, como fez o TSE, aplicar multas elevadas.

Toda a arrogância desafiadora da Veja desapareceu subitamente depois que o TSE informou que custaria 500 mil reais por hora um novo descumprimento da decisão judicial referente ao direito de resposta da campanha de Dilma.

A Veja simplesmente desprezara a primeira ordem, dada no sábado depois de uma decisão unânime do TSE. Fora determinado que a resposta deveria ter destaque, e ser publicada no site imediatamente.

Não aconteceu nem uma coisa e nem outra.

A resposta estava escondida, e só foi publicada quando eram mais de 2 horas da madrugada.

Perto do que a Veja fez, agredir a democracia com seu pseudojornalismo, toda sentença será branda.

Num mundo menos imperfeito, a consequência seria aquilo que resultou na histórica manchete do último número do tabloide de Murdoch que cometeu crimes em nome do jornalismo: “Obrigado e adeus!”

Mas este mundo nosso não é perfeito. Só que ele pode, no entanto, ser menos imperfeito.

Um passo essencial é punir exemplarmente delinquências jornalísticas.

Em todas as nações avançadas, isto acontece há muito tempo,  e esta é uma forma consagrada de proteger a sociedade contra abusos da mídia.
Multinhas geram borbulha, mas nada além disso.

Para funcionar, a multa tem que doer, e ser aplicada rapidamente.

O lastimável episódio acabou sendo didático. A próxima vez que for colocada diante de uma decisão judicial a Veja vai pensar muito antes de desrespeitá-la.

Não apenas ela, na verdade. Todas as grandes empresas jornalísticas vão andar mais na linha, depois de ver o que aconteceu com a Veja.

Ganha, e ganha muito com isso, a sociedade."

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