Ativistas presos são pivôs de disputa sobre limites a protestos


Eduardo Guimarães, Blog da Cidadania

"Na grande mídia, nas redes sociais e na blogosfera de esquerda e direita há um tsunami de debates sobre as prisões de cerca de duas dezenas de ativistas de São Paulo e do Rio de Janeiro que, de junho de 2013 para cá, ganharam ampla exposição devido ao seu protagonismo em protestos que, via de regra, começam “pacíficos” e terminam violentos.

As prisões ocorreram a partir de investigação dos serviços de inteligência das polícias civis dos Estados mais afetados pelos protestos violentos, com destaque para o Rio de Janeiro, onde tais protestos atingiram um nível crítico, pois transformaram a capital daquele Estado, literalmente, em uma zona de guerra em que, inclusive, já foi perdida uma vida humana.

Os protestos violentos que vêm ocorrendo no país desde o ano passado começaram sob o mote do transporte público gratuito para todos – o tal “passe livre” – e, após governadores e prefeitos cederem e cancelarem os aumentos do preço das passagens de ônibus e metrô, os ativistas buscaram na Copa do Mundo em solo pátrio a nova desculpa para protestar.

Em um processo inédito no pós-redemocratização, o Brasil de 2013 inaugurou uma era em que protestos – em maioria, violentos – foram se tornando parte da rotina dos grandes centros urbanos. E, quando não há violência, há cerceamento na liberdade de locomoção de quem não participa desses atos públicos, o que vem torturando trabalhadores que empreendem demoradas viagens entre casa e trabalho no transporte público."
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