Rede, de Marina, diz que tem "data para deixar PSB"


"Rede Sustentabilidade, grupo da ex-senadora Marina Silva, hoje filiada ao PSB, afirmou, em nota nesta quinta (26), que as duas siglas "seguem alinhadas aos princípios de sua aliança programática-eleitoral", mas frisou que "a filiação transitória democrática permite que, tão logo a Rede obtenha seu registro na Justiça Eleitoral, o que deve ocorrer nos próximos meses, seus militantes formalmente vinculados ao PSB poderão se transferir para a legenda de origem sem o risco de qualquer tipo de sanção partidária"; Marina também avisa que sua participação em campanhas estaduais será restrita

Brasil 247

 A Rede Sustentabilidade, organização criada pela ex-senadora Marina Silva para dar vida a um futuro partido, divulgou nota nesta quinta-feira (26) em que afirma que os militantes do seu grupo político de Marina Silva "têm data para deixar o PSB", partido do pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos.

"A filiação transitória democrática permite que, tão logo a Rede obtenha seu registro na Justiça Eleitoral, o que deve ocorrer nos próximos meses, seus militantes formalmente vinculados ao PSB poderão se transferir para a legenda de origem sem o risco de qualquer tipo de sanção partidária", diz o texto.

A publicação da nota acontece dias depois de o PSB ter firmado alianças polêmicas com PT e PSDB que vão contra o discurso de "nova política" pregado por Marina e pelo próprio Campos desde que os dois fecharam acordo, em outubro do ano passado.

Intitulado "Rede e PSB seguem alinhados aos princípios de sua aliança programática-eleitoral", o texto traz sete pontos para explicar a filiação transitória e deixar claro que, apesar de se esforçar para "replicar o compromisso assumido na disputa nacional", os partidos são "independentes e com identidades próprias que devem ser respeitadas".

Por fim, a Rede afirma que Marina participará das atividades da campanha presidencial em todos os Estados, mas sua presença em eventos relativos às candidaturas aos governos estaduais "ficará restrita aos locais nos quais a Rede está vinculada a uma das chapas da disputa".

Abaixo a nota:

Rede e PSB Nacional 40 seguem alinhados aos princípios de sua Aliança programática-eleitoral

A respeito de noticiário recente que trata de supostas dificuldades no relacionamento entre a Rede Sustentabilidade e o Partido Socialista Brasileiro (PSB), a Rede esclarece que:

1. No dia 5 de outubro de 2013, num gesto de solidariedade diante do impedimento legal imposto à institucionalização da Rede, o PSB acolheu a ex-senadora Marina Silva e vários de seus correligionários por meio do processo de filiação transitória democrática. Assim, Marina e os outros integrantes da Rede conquistaram as condições de se candidatarem às eleições deste ano.

2. Na mesma data, os dois partidos constituíram uma aliança programática para construção de um projeto para a disputa da eleição à Presidência da República. Nos Estados, Rede e PSB concordaram em se esforçar para replicar o compromisso assumido na disputa nacional.

3. Rede e PSB reconhecem que ambos os partidos são independentes e com identidades próprias que devem ser respeitadas. Isso lhes assegura autonomia política sem comprometimento da aliança programática-eleitoral firmada em 5 de outubro passado.

4. A filiação transitória democrática permite que, tão logo a Rede obtenha seu registro na Justiça Eleitoral, o que deve ocorrer nos próximos meses, seus militantes formalmente vinculados ao PSB poderão se transferir para a legenda de origem sem o risco de qualquer tipo de sanção partidária.
5. Portanto, os militantes da Rede têm data para deixar o PSB, conforme o compromisso firmado entre os partidos no final do ano passado.

6. Marina Silva participará de atividades da campanha à Presidência da República da Aliança PSB-Rede-PPS-PPL-PRP-PHS em qualquer unidade da Federação. Sua presença em eventos relativos às candidaturas aos governos estaduais ficará restrita aos locais nos quais a Rede está vinculada a uma das chapas da disputa.

7. A Rede segue firme no propósito de oferecer à sociedade brasileira, juntamente com PSB, PPS, PPL, PRP e PHS, uma alternativa à polarização que nos últimos 20 anos domina a cena política do país e que leva à estagnação de seu processo democrático, descaracteriza o espírito público que deve conduzir o Estado e coloca sob risco as conquistas econômicas e sociais obtidas nas últimas décadas. Eduardo Campos, com sua candidatura a presidente da República, e Marina Silva, como sua vice, são os protagonistas do projeto que, efetivamente, colocará o Estado e suas organizações a serviço dos cidadãos e cidadãs e levará o Brasil para uma rota que vai assegurar bem-estar a sua população e promoverá a expansão da economia dentro de bases que valorizam o empreendedorismo e o patrimônio ambiental.

EXECUTIVA NACIONAL DA REDE SUSTENTABILIDADE

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