"Depois de atacar a política econômica do governo Dilma Rousseff e pedir a
cabeça do ministro Guido Mantega, revista britânica afirma que
"trabalhadores brasileiros são gloriosamente improdutivos"; reportagem
traz o título "50 anos de soneca", uma alusão ao fato de, segundo a
publicação, a produtividade do trabalhador brasileiro ter parado de
crescer ou caído nas últimas cinco décadas, ao contrário de outros
emergentes; ilustração é a foto de um homem refestelado numa rede em
praia, com chapéu do Brasil; o trabalhador brasileiro merece ser chamado
de dorminhoco?
Brasil 247
Depois de criticar a política econômica da presidente Dilma Rousseff, pedir por mais de uma vez a cabeça do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e até desdenhar o leilão de Libra, do pré-sal, definindo o negócio como "barato", a revista britânica The Economist ataca hoje a produtividade do brasileiro. Em sua última edição impressa (leia aqui, em inglês), a publicação traz uma reportagem intitulada "The 50-year snooze" (50 anos de soneca, em português), uma alusão ao que interpreta como um estacionamento ou mesmo queda na produção por trabalhador brasileiro nas últimas cinco décadas.
O texto avalia que, após um breve período de aumento da produtividade entre 1960 e 1970, a produção não avançou mais no País. O fato estaria acontecendo, de acordo com a Economist, em contraste com o cenário internacional, onde países emergentes como Coreia do Sul, Chile e China registram tendência de melhora nesse quesito. A reportagem ouviu o empresário norte-americano Blake Watkings, dono do restaurante BOS BBQ em São Paulo. "No momento em que você aterrissa no Brasil você começa a perder tempo", declarou Watkings.
"A produtividade do trabalho foi responsável por 40% do crescimento do PIB do Brasil entre 1990 e 2012 em comparação com 91% na China e 67% na Índia, de acordo com pesquisa da consultoria McKinsey. O restante veio da expansão da força de trabalho, como resultado da demografia favorável, formalização e baixo desemprego", diz trecho da matéria, que traz uma série de fatores, na visão de economistas, para explicar o cenário.
O primeiro citado é o baixo investimento em infraestrutura. Outro problema são os indicadores de qualidade dos alunos brasileiros, que não crescem, apesar dos investimentos públicos em educação. A Economist cita ainda a legislação trabalhista – alguma empresas, diz a revista, preferem contratar amigos e familiares menos capazes para evitar processos ou diminuir o risco de fraudes. Outro fator ainda, citado como "menos óbvio", é a má gestão de parte das companhias brasileiras.
A conclusão da revista britânica é de que se o Brasil continuará crescendo até depois de 2020, quando a população economicamente ativa (em idade de trabalhar) vai começar a cair em relação ao total, o País terá de enfrentar seu problema de produtividade. "Até que ele faça isso, corre o risco de cair em um sono cada vez mais profundo", finaliza o texto."
Brasil 247
Depois de criticar a política econômica da presidente Dilma Rousseff, pedir por mais de uma vez a cabeça do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e até desdenhar o leilão de Libra, do pré-sal, definindo o negócio como "barato", a revista britânica The Economist ataca hoje a produtividade do brasileiro. Em sua última edição impressa (leia aqui, em inglês), a publicação traz uma reportagem intitulada "The 50-year snooze" (50 anos de soneca, em português), uma alusão ao que interpreta como um estacionamento ou mesmo queda na produção por trabalhador brasileiro nas últimas cinco décadas.
O texto avalia que, após um breve período de aumento da produtividade entre 1960 e 1970, a produção não avançou mais no País. O fato estaria acontecendo, de acordo com a Economist, em contraste com o cenário internacional, onde países emergentes como Coreia do Sul, Chile e China registram tendência de melhora nesse quesito. A reportagem ouviu o empresário norte-americano Blake Watkings, dono do restaurante BOS BBQ em São Paulo. "No momento em que você aterrissa no Brasil você começa a perder tempo", declarou Watkings.
"A produtividade do trabalho foi responsável por 40% do crescimento do PIB do Brasil entre 1990 e 2012 em comparação com 91% na China e 67% na Índia, de acordo com pesquisa da consultoria McKinsey. O restante veio da expansão da força de trabalho, como resultado da demografia favorável, formalização e baixo desemprego", diz trecho da matéria, que traz uma série de fatores, na visão de economistas, para explicar o cenário.
O primeiro citado é o baixo investimento em infraestrutura. Outro problema são os indicadores de qualidade dos alunos brasileiros, que não crescem, apesar dos investimentos públicos em educação. A Economist cita ainda a legislação trabalhista – alguma empresas, diz a revista, preferem contratar amigos e familiares menos capazes para evitar processos ou diminuir o risco de fraudes. Outro fator ainda, citado como "menos óbvio", é a má gestão de parte das companhias brasileiras.
A conclusão da revista britânica é de que se o Brasil continuará crescendo até depois de 2020, quando a população economicamente ativa (em idade de trabalhar) vai começar a cair em relação ao total, o País terá de enfrentar seu problema de produtividade. "Até que ele faça isso, corre o risco de cair em um sono cada vez mais profundo", finaliza o texto."
Comentários
td que escrevem de fora tem sempre um babaca de dentro pra ficar aplaudindo.