"Em Havana, ambos de branco, o ex-presidente Lula encontrou o presidente
Raul Castro, de Cuba, nesta terça-feira 25, para refletir sobre momento
da esquerda na América Latina; crise política na Venezuela, econômica na
Argentina e eleições no Brasil podem mudar correlação de forças
abruptamente; regime socialista é o primeiro a sofrer consequências do
possível efeito dominó; Lula estreita laços de amizade com os Castro –
ele também estará com Fidel - num momento decisivo para esquerda no
continente; associação irreversível
Brasil 247
Num momento decisivo para a esquerda da América do Sul, o ex-presidente Lula chegou nesta terça-feira 25 ao encontro com o presidente de Cuba, Raul Castro, em Havana. Ambos de branco, eles representam, na figura de Lula, o maior líder dos partidos e correntes de esquerda do mundo, e, na de Raul, o último bastião do que se pode chamar de socialismo. Não é pouca coisa, mas tem muita gente de olho no poder deles.
Com a Venezuela mergulhada numa crise política de profundidade, a Argentina piorando consistentemente sua própria situação econômica e o Brasil envolvido numa nuvem de protestos sociais em meio a um cenário de eleições acirradas, a esquerda na América do Sul está perto de sofrer com uma abrupta – e bastante possível – mudança de correlação de forças.
Cuba, sim, seria diferetamente afetada pela queda do regime bolivariano que lhe oferta petróleo e mercadorias a preços soviéticos, mas igualmente Lula sofreria, no Brasil, com a ressaca do fim da era chavista.
Na pauta dos dois camaradas, que têm encontros em número suficiente para desenvolverem uma relação de confidentes, também deve entrar o futuro do próprio Lula – e o comandante Fidel poderá ajudar muito nesta parte da análise.
Parece claro que, diante do alto de risco de a Venezuela refluir para um regime pró-americano, no caso da derrubada, por qualquer via, do presidente Nicolás Maduro, ter Lula no poder no Brasil, pelo meio das eleições de outubro, seria do interesse de tudo o que se pode chamar de esquerda.
Diferentemente da presidente Dilma Rousseff, de maior acento na economia, Lula gosta de praticamente tudo em política internacional, especialmente a situação de cada país dos seus laços. Ele nunca escondeu sua admiração pelo regime castrista, sem jamais dirigir crítica.
Lula está neste momento, em Cuba, entre grandes camaradas."
Brasil 247
Num momento decisivo para a esquerda da América do Sul, o ex-presidente Lula chegou nesta terça-feira 25 ao encontro com o presidente de Cuba, Raul Castro, em Havana. Ambos de branco, eles representam, na figura de Lula, o maior líder dos partidos e correntes de esquerda do mundo, e, na de Raul, o último bastião do que se pode chamar de socialismo. Não é pouca coisa, mas tem muita gente de olho no poder deles.
Com a Venezuela mergulhada numa crise política de profundidade, a Argentina piorando consistentemente sua própria situação econômica e o Brasil envolvido numa nuvem de protestos sociais em meio a um cenário de eleições acirradas, a esquerda na América do Sul está perto de sofrer com uma abrupta – e bastante possível – mudança de correlação de forças.
Cuba, sim, seria diferetamente afetada pela queda do regime bolivariano que lhe oferta petróleo e mercadorias a preços soviéticos, mas igualmente Lula sofreria, no Brasil, com a ressaca do fim da era chavista.
Na pauta dos dois camaradas, que têm encontros em número suficiente para desenvolverem uma relação de confidentes, também deve entrar o futuro do próprio Lula – e o comandante Fidel poderá ajudar muito nesta parte da análise.
Parece claro que, diante do alto de risco de a Venezuela refluir para um regime pró-americano, no caso da derrubada, por qualquer via, do presidente Nicolás Maduro, ter Lula no poder no Brasil, pelo meio das eleições de outubro, seria do interesse de tudo o que se pode chamar de esquerda.
Diferentemente da presidente Dilma Rousseff, de maior acento na economia, Lula gosta de praticamente tudo em política internacional, especialmente a situação de cada país dos seus laços. Ele nunca escondeu sua admiração pelo regime castrista, sem jamais dirigir crítica.
Lula está neste momento, em Cuba, entre grandes camaradas."
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