“Um dos principais desafios ao Brasil atual
é a constituição de um projeto nacional de desenvolvimento que tenha a
suficiente abrangência para incorporar as grandes maiorias da sociedade
brasileira articuladas em uma perspectiva de transformação social, amplas
liberdades políticas, impulsionadas por uma estratégia de longo curso.
No entanto, a essa agenda social devem-se acrescentar outros elementos essenciais como investimentos pesados em infraestrutura, ciência, tecnologia de ponta, inclusive agregada aos produtos manufaturados nacionais, uma efetiva reforma urbana que privilegie o aumento da qualidade de vida da população etc.
Mas essas jornadas de junho mostraram que os efeitos da ação predadora do grande capital global também se fazem sentir no País através da sua cultura do pensamento único, da sua ideologia difundida intensamente pela grande mídia global hegemônica.
Que isola os indivíduos, provoca o fenômeno da ausência de relações com o passado, mesmo o passado recente, entre camadas das novas gerações surgidas durante a prevalência da nova ordem mundial, contrapõe-se à perspectiva da edificação de um futuro comunitário, ao tempo em que incute visões reducionistas típicas de um tribalismo urbano atomizado, num círculo vicioso de um “presente contínuo” como alertou o historiador Eric Hobsbawm.
Assim, um projeto nacional estratégico soberano, de grandes transformações estruturais, sociais, inclusivo às minorias, é a alternativa insubstituível à arquitetura social maligna, fomentada pelos imperativos do rentismo, antagônica às utopias da nação, aos sonhos coletivos da emergente sociedade brasileira.”
Eduardo Bomfim, Vermelho
Um projeto de objetivos definidos porém
flexível o bastante para a convivência de múltiplas forças políticas distintas
mas convergentes no essencial nos caminhos de um País soberano, com
persistentes avanços sociais, na estratégia da sua política externa baseada no
respeito, autodeterminação dos povos, na cooperação multilateral junto às
nações em desenvolvimento.
Durante as recentes jornadas de junho que mobilizaram milhões de pessoas nas ruas, mostrou-se concreta uma agenda substancial da sociedade baseada nas questões relativas à educação, saúde, transportes, onde é justo agregar o grave problema da segurança pública, além do recorrente tema da corrupção.
Durante as recentes jornadas de junho que mobilizaram milhões de pessoas nas ruas, mostrou-se concreta uma agenda substancial da sociedade baseada nas questões relativas à educação, saúde, transportes, onde é justo agregar o grave problema da segurança pública, além do recorrente tema da corrupção.
No entanto, a essa agenda social devem-se acrescentar outros elementos essenciais como investimentos pesados em infraestrutura, ciência, tecnologia de ponta, inclusive agregada aos produtos manufaturados nacionais, uma efetiva reforma urbana que privilegie o aumento da qualidade de vida da população etc.
Mas essas jornadas de junho mostraram que os efeitos da ação predadora do grande capital global também se fazem sentir no País através da sua cultura do pensamento único, da sua ideologia difundida intensamente pela grande mídia global hegemônica.
Que isola os indivíduos, provoca o fenômeno da ausência de relações com o passado, mesmo o passado recente, entre camadas das novas gerações surgidas durante a prevalência da nova ordem mundial, contrapõe-se à perspectiva da edificação de um futuro comunitário, ao tempo em que incute visões reducionistas típicas de um tribalismo urbano atomizado, num círculo vicioso de um “presente contínuo” como alertou o historiador Eric Hobsbawm.
Assim, um projeto nacional estratégico soberano, de grandes transformações estruturais, sociais, inclusivo às minorias, é a alternativa insubstituível à arquitetura social maligna, fomentada pelos imperativos do rentismo, antagônica às utopias da nação, aos sonhos coletivos da emergente sociedade brasileira.”
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