“O Brasil não é o quintal da casa dos
irmãos Marinho e muito menos de seus empregados tão dedicados em agradá-los,
que chegam ao ponto de superar os seus afazeres e a fazer mais do que as suas
realidades de empregados lhes permitem
Davis Sena Filho, Brasil 247
As Organizações(?) Globo sempre tentaram passar uma ideia de que são
queridas pelo povo brasileiro. Ledo engano. As pessoas sabem do que se trata
tais organizações e do que os seus proprietários, os irmãos Marinho, são
capazes para terem seus interesses concretizados, bem como são conhecidos como
porta-vozes não somente dos conservadores tupiniquins, mas também da direita
internacional, que luta desde o início da humanidade para limitar e estancar o
desenvolvimento social e econômico da humanidade.
Com a conquista da Presidência da República há 11 anos por parte dos
trabalhistas, além da ascensão do Partido dos Trabalhadores (PT), partido
reformista e não revolucionário, os meios de comunicação privados e de
concessão pública dos Marinho deixaram de lado o pudor e passaram a fazer
oposição política e intermitente contra os governos dos petistas Luiz Inácio
Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Algo que somente se viu no Brasil nos
governos, coincidentemente trabalhistas, de Getúlio Vargas e João Goulart,
presidentes igualmente trabalhistas e que foram ilegalmente derrubados do poder
por criminosos que rasgaram a Constituição, a fim de atender os seus anseios
financeiros, ideológicos e de submissão rastaquera aos Estados Unidos, país
useiro e vezeiro em promover e financiar golpes de estado, bem como invasor
contumaz de territórios de incontáveis nações através dos séculos.
O problema de organizações, a exemplo da
Globo e de O Globo, é que os seus proprietários por serem poderosos e
influentes pensam que governam o Brasil, sem, contudo, terem sido eleitos. Considero
arrogância e prepotência tais disparates e insensatez, que chegam às raias da
insanidade de homens que administram um poderoso grupo econômico quererem
pautar um País que recentemente superou os 200 milhões de habitantes e
atualmente é a sexta maior economia do mundo.
O Brasil não é o quintal da casa dos irmãos
Marinho e muito menos de seus empregados tão dedicados em agradá-los, que
chegam ao ponto de superar os seus afazeres e a fazer mais do que as suas
realidades de empregados lhes permitem. A cumplicidade, o apoio desavergonhado
e a aliança com a direita partidária brasileira herdeira direta da escravidão é
uma mácula que as Organizações(?) Globo não vão conseguir retirar de suas
peles, porque o apoio aos militares golpistas está marcado como tatuagem de um
regime crudelíssimo que torturou e matou os seus adversários políticos, que
foram tratados como inimigos, mesmo a ter sob controle os órgãos de repressão
do estado nacional, além das Forças Armadas.
Quem tem o controle do estado não usa o
estado para massacrar os seus adversários, mesmo se eles pegarem em armas,
porque somente pega em armas é quem se sente reprimido, oprimido e perseguido. As
ditaduras não dialogam. Por isto que censuram, demitem, perseguem, exilam,
prendem, torturam e matam.
E a Globo e O Globo e a imprensa de mercado
em geral compactuaram, serviram, apoiaram e participaram da ditadura militar,
bem como se locupletaram das benesses do estado brasileiro, a quem esses
empresários magnatas e bilionários combatem, desejam e apostam na efetivação de
um estado mínimo, que não controle e fiscalize as megas corporações como a
Globo, que está a ser acusada de sonegar mais de R$ 600 milhões em apenas um
escândalo relativo aos direitos da Copa do Mundo de 2002.
Agora, vamos à pergunta que não quer calar:
o que as Organizações(?) Globo e o restante da imprensa burguesa já não fez no
sentido de sonegar em uma existência empresarial que remonta há décadas? Não
sei responder e acho que nem a Receita ou o Banco Central sabem. Mas sei que os
irmãos Marinho não vão enganar o povo brasileiro para sempre, por intermédio de
bravatas e leviandades de seus áulicos da moralidade e dos bons costumes também
chamados de jornalistas.
O jornal O Globo fez hoje uma mea culpa
sobre as suas falhas, em forma de editorial. Contudo, talvez para amenizar os
seus golpes baixos e não ficar sozinho na condição de golpista, no decorrer de
sua história, afirmou que outros órgãos da imprensa comercial e privada também,
tal qual ao jornal impresso dos Marinho participaram do golpe militar, bem como
o apoiaram efetivamente.
A Folha de S. Paulo, por exemplo,
emprestava os seus carros com logotipo aos policiais e militares de órgãos de
repressão como o DOI-Codi e o Dops do policial civil reconhecidamente
torturador e assassino da dimensão do delegado Sérgio Paranhos Fleury, morto
depois como queima de arquivo da ditadura militar. A verdade é que esses
magnatas do setor midiático lutam, diuturnamente, contra a emancipação do povo
brasileiro e a independência do Brasil.
Eles são párias no que diz respeito à
nacionalidade e se comportam como alienígenas no que é referente a se alinhar
com os interesses do Brasil, porque, invariavelmente, são os porta-vozes dos
grandes capitalistas e por isto e por causa disto essas realidades se
contrapõem à luta dos que querem o desenvolvimento do Brasil, que ainda tem
muita pobreza, que vitima o seu povo, alvo de todo tipo de violência e
discriminação.
Todavia, O Globo fez a sua mea culpa e,
consequentemente, tenta amenizar a sua condição de um dos verdugos
protagonistas da ditadura militar de 21 anos que ceifou vidas e, de forma
infamante, torturou corpos, deixou rotas milhares de almas e causou dor sem fim
a incontáveis famílias brasileiras. O estado a matar os seus próprios cidadãos
em nome de um regime draconiano, que foi edificado para garantir a uma elite
empresarial e política de direita a concentração das riquezas deste País, bem
como evitar que elas fossem distribuídas, além da dar fim a programas e
projetos econômicos, estruturais e sociais efetivados pelos socialistas e
trabalhistas em um período de 34 anos (1930/1964).
Agora, a família Marinho, aquela que sempre
boicotou e sabotou o desenvolvimento e a emancipação do povo brasileiro,
juntamente com a família Mesquita, do jornal O Estado de S. Paulo, e a família
Frias, de a Folha de S. Paulo, faz um mea culpa, como lobo em pele de cordeiro.
Com a nova ascensão ao poder dos trabalhistas, a partir de 2003, os magnatas
bilionários das comunicações resolveram fazer uma oposição acirrada e
inquestionavelmente voltada para desqualificar os projetos de País e os
programas de governo de Dilma e Lula, bem como desconstruir as suas imagens
perante o povo brasileiro que, majoritariamente, votou e elegeu os dois
presidentes socialistas e trabalhistas e, portanto, de esquerda.
A partir do fortalecimento e da
disseminação da blogosfera de esquerda na internet, ou seja, dos sites e dos
blogs progressistas também chamados de “sujos”, os meios de comunicação
hegemônicos e corporativos passaram a ser combatidos e o jornalismo produzido
por essas poderosas companhias passou a ser frontalmente questionado por
jornalistas experientes que conhecem o ofício, o sistema de controle e de
manipulação da informação, bem como os bastidores da grande imprensa
empresarial.
A partir desse processo, milhares de blogs
e sites “sujos” se tornaram também fonte de informação e referência para
milhões de pessoas que desejavam e ainda querem se informar além do sistema de
monopólio de informação das grandes corporações midiáticas. E por quê? Porque o
trabalho da blogosfera mostrou, inquestionavelmente, que a imprensa de negócios
privados tem cor, tem lado, tem partido e ideologia. E por isto e por causa
disto faz política, oposição e se alia a partidos conservadores como o PSDB dos
tucanos e o DEM, legítimo herdeiro da escravidão ao tempo que o pior partido do
mundo, que já foi Arena, PDS e PFL.
Porém, não acaba por aqui. Os executivos,
os jornalistas e os “ideólogos” das Organizações(?) Globo, que estão aboletados
no Instituto Millenium, continuam os seus périplos históricos e continuam a
maldizer e a propagar intrigas por meio de notícias irrefragavelmente
distorcidas e manipuladas. Eles são os escribas das más notícias e das falas
polêmicas, pois o objetivo é sabotar o programa de Governo e, por conseguinte,
inviabilizar o processo de desenvolvimento do Brasil e com isso submetê-lo aos
interesses do grande capital.
O Globo hoje se arrepende de sua
participação golpista, mas apoia efetivamente o conservadoríssimo Instituto
Millenium, onde empresários, políticos e jornalistas defendem teses já
derrotadas e fracassadas do modelo neoliberal, que derreteu as economias de
países poderosos e comprovou que a ausência de fiscalização e regulamentação
dos banqueiros, por exemplo, é a mesma coisa do que uma pessoa se suicidar. Ponto.
Somente os lorpas e os pascácios, como
diria o jornalista Nelson Rodrigues, que ainda, por serem caras-de-pau e
mentalmente lentos, defendem o neoliberalismo, um modelo de pirataria e
rapinagem, que levou à bancarrota inúmeros países da América Latina, bem como
deixou na miséria povos trabalhadores, que ficaram, inclusive, sem acesso ao
emprego. Realmente, tempos duros e o fim da picada. E tem gente que tem ainda a
desfaçatez de defender um mau negócio como foi o neoliberalismo. Durma-se com
um barulho desse.
O Milleninum, lugar onde os direitistas
deste País propõem, por meio de palavras “leves” e pouco usuais no palavreado
popular, até golpe de estado. O Millenium, que, incontestavelmente, lembra os
golpistas pré 1964, a
exemplo do Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad), fundado em
1959, e do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipes), de 1961. As duas
entidades reuniram militares, empresários, jornalistas, diplomatas e partidos e
políticos de oposição, que conspiraram contra o governo popular do presidente
trabalhista João Goulart (PTB), deposto em 1964 e que somente retornou morto à
sua terra, em 1976.
E o jornal O Globo pede desculpas em seu
editorial mequetrefe, como se estivesse arrependido, quando na verdade não
está. Lobo é lobo! Escorpião é escorpião! E quanto a essas realidades e
verdades nada se pode fazer. A natureza desses empresários é de dominância
contra os mais fracos e os que podem menos. São somente subservientes quando
seu “deus” começa a diminuir a sua presença. Trata-se do “deus dinheiro”,
combustível de poder das seis famílias midiáticas que dominam o mercado de
mídias e não aceitam, de forma alguma, ter que viver em um Brasil democrático,
justo, autônomo e independente.
Os grandes capitalistas ganham dinheiro com
a pobreza alheia. E, para isso, contam com a simpatia de parte da população
para seus propósitos mercantilistas. As pessoas que compram a ideologia e o
pensamento torto dos barões da imprensa fazem parte de uma classe muito
peculiar: a conservadora e preconceituosa classe média e média alta. São com as
classes médias que os donos do capital contam, e para elas fazem política. Só
que, com o tempo, a classe média vai, irremediavelmente, dividir-se, porque
ninguém é enganado a vida inteira e a verdade é que nunca conheci qualquer
pessoa que gostasse de ser considerada trouxa.
Entretanto, a partir das manifestações de
junho, os barões da imprensa e os seus asseclas perceberam uma mudança, que
através do tempo vai recrudescer: é que as palavras de ordem “O povo não é
bobo! Abaixo a Rede Globo!” se transformaram em realidade latente e,
consequentemente, descambou para a violência.
De repente e não mais do que de repente, os
repórteres da Rede Globo e até mesmo da CBN tiveram de, em um primeiro momento,
cobrir os protestos à distância, depois passaram a encobrir os logotipos dos
microfones de suas empresas e, posteriormente, somente conseguiram cobrir as
manifestações de helicópteros e que os jornalistas da Globo inadvertidamente
insistiam em chamá-las de “pacíficas”.
A palavra “pacífica” se tornou uma metáfora
na boca dos jornalistas da Globo, pois tal palavra usada teve e tem por
finalidade amenizar ou suavizar a violência dos protestantes e as depredações
do patrimônio público, privado e histórico. E por que os repórteres,
comentaristas e apresentadores da Globo e da CBN se transformaram em pessoas
tão suaves e singelas quando se tratava de falar das manifestações “pacíficas”?
Porque a Globo, uma empresa privada,
transformou-se em partido de direita que ocupou, inconsequentemente e
irresponsavelmente, o lugar dos derrotados PSDB, DEM e PPS na oposição política
e ideológica aos governos trabalhistas de Lula e Dilma. Por causa disso, a
Globo, além de outras empresas de comunicação e informação, estrategicamente
passaram a chamar de “pacíficas” as manifestações de junho, pois perceberam
naquele momento uma oportunidade para fazer oposição a Dilma Rousseff, afinal o
Brasil vai ter eleições presidenciais em outubro de 2014, e se tem alguma coisa
que esses magnatas da comunicação não querem é a continuação de políticos
trabalhistas no poder por mais quatro anos.
Como pau que bate em Chico também bate em
Francisco, e o Brasil está neste momento com a inflação controlada, o PIB a
aumentar, a vivenciar a estabilidade das instituições republicanas e do regime
democrático, além do crescimento da indústria, do agronegócio, do emprego, bem
como a presidenta Dilma voltou a subir os seus índices de aprovação nas
pesquisas, a Globo e os seus coirmãos aparentemente deram uma recuada.
A nova postura talvez seja porque o
dinheiro da propaganda que ia para as empresas dos bilionários das comunicações
diminuiu desde os tempos do presidente Lula, o que, sem sombra de dúvida, levou
a Globo a redirecionar as suas estratégias de luta política e econômica e, por
sua vez, abrir diálogo com o Governo Federal, com o presidente Lula (João
Roberto Marinho solicitou encontro com o ex-presidente) e se reportou à
sociedade brasileira por intermédio de editorial que reconhece o erro de as
Organizações(?) Globo ter apoiado a ditadura militar.
Por seu turno, não acredito que lobos se
transformem em ovelhas, ainda mais quando se trata dos donos dessa megaempresa,
que se confunde com o estado dentro do estado. Um estado privado,
evidentemente, mas que sempre foi sustentado pelo dinheiro público. Deveria
haver uma campanha para que a Globo se privatizasse, pois já que defende com unhas
e dentes a iniciativa privada e um País VIP para poucos privilegiados.
Jogaram, em manifestação recente,
literalmente merda nas paredes e vidraças da sede da Globo, e os seus
repórteres são alvos de chacotas, protestos, de cantos de guerra e até mesmo de
violência física, com a qual explicitamente não concordo, por parte de quem
protesta. A Globo sentiu o golpe, como se fosse atingida por um boxeador peso
pesado na boca do estômago ou na ponta do queixo.
Os donos da Globo e os seus jornalistas enfrentam,
arrogantemente, até o Governo, mas quando se trata de enfrentar o povo eles
optam, espertamente, por recuar. Pega muito mal para as suas imagens quase
“assépticas”. A Globo e O Globo gostam muito de pichar os outros, as pessoas e
instituições, mas detestam verem o seu mundinho provinciano, tacanho,
presunçoso, egoísta e medíocre a ser questionado, e, o pior, agredido.
As Organizações(?) Globo e os seus donos
são gigantes com os pés de barro e as suas paredes são pichadas com merda,
produto animal também chamado de esterco. Se daqui a alguns meses os
proprietários dessa empresa alienígena e descompromissada com a cidadania
brasileira perceberem que os tucanos do PSDB vão perder mais uma eleição
presidencial, eles certamente vão negociar para amenizar as diferenças
políticas e as perdas financeiras, afinal o Governo tem a Receita Federal e a
Polícia Federal e impostos sonegados e remessas ilegais são crimes que estão a
ser combatidos.
Os Marinho são espertos, pediram desculpas pela ditadura, mas o povo
não é bobo... É isso aí.”
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