“Ministro Celso de Mello falou à jornalista
Mariângela Galucci e disse que não sente nenhum tipo de pressão, antes do voto
decisivo sobre a admissibilidade dos embargos infringentes. "O que
acho importante é que tenho a minha convicção. Aprofundei-a muito. Li todas as
razões das diferentes posições. E cada vez mais estou convencido de que fiz a
opção correta", disse ele; segundo o ministro, a manobra que o impediu de
votar na quinta-feira, comandada por Joaquim Barbosa, serviu para que
reforçasse ainda mais sua posição
“O ministro Celso de Mello, decano do
Supremo Tribunal Federal, falou a apenas uma jornalista, com exclusividade,
antes da decisão sobre a admissibilidade dos embargos infringentes. Foi
Mariângela Galucci, do Estado de S. Paulo, quem o entrevistou e publicou uma
reportagem especial neste domingo (leia aqui
a íntegra).
A ela, o decano afirmou não se sentir
pressionado. "Absolutamente não. Eu leio o noticiário e, a despeito
do que se fala, não sinto nenhum tipo de pressão", afirmou, em entrevista
por telefone. "Após 45 anos, seja como promotor ou juiz, é uma experiência
que você tem e supera tranquilamente."
A chicana do ministro Joaquim Barbosa, que
o impediu de votar na última quinta-feira, não o abalou. "O adiamento
da sessão, longe de significar qualquer possibilidade de pressão externa,
aprofundou ainda mais minha convicção", afirmou o ministro, sinalizando
que o tiro do presidente do STF pode ter saído pela culatra.
Em 2 de agosto do ano passado, Celso de
Mello se pronunciou de forma enfática, na própria Ação Penal 470, em defesa dos
embargos infringentes. Segundo ele, sua convicção se aprofundou. "O
que acho importante é que tenho a minha convicção. Aprofundei-a muito. Li todas
as razões das diferentes posições. E cada vez mais estou convencido de que fiz
a opção correta."
Embora não tenha antecipado seu voto,
parece claro que ele aceitará os recursos.”
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