Concentração de renda diminuiu entre 2011 e 2012


Jornal, GGN

“A concentração de renda no Brasil diminuiu entre 2011 e 2012. O índice de Gini do rendimento do trabalho, que apura o grau de concentração de renda, cujo valor varia de zero (perfeita igualdade) a um (a desigualdade máxima), manteve a tendência de queda observada em anos anteriores e passou de 0,501 em 2011, para 0,498 em 2012, de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) elaborada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

A pesquisa também revela um ganho de 5,8% no rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas de 15 anos ou mais de idade ocupadas e com rendimento, na comparação entre 2011 (R$ 1.425,00) e 2012 (R$ 1.507,00), o que ocorreu em todas as regiões. Entretanto, aumentou a desigualdade entre homens e mulheres nesse período: em 2012, as trabalhadoras recebiam o equivalente a 72,9% (R$ 1.238,00) do rendimento dos homens (R$ 1.698,00); em 2011 esta proporção era de 73,7%.

O relatório também aponta estabilidade no Gini do rendimento médio mensal real de todas as fontes, que continuou em 0,507, de 2011 para 2012, ao passo que o índice de Gini do rendimento domiciliar não apresentou mudanças significativas (de 0,501 para 0,500).

A taxa de desocupação das pessoas com 15 anos ou mais de idade foi de 6,1% em 2012, abaixo dos índices de 2011 (6,7%) e de 2004 (8,9%). Já o percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (74,6%) manteve-se estável de 2011 para 2012, embora o número absoluto tenha crescido 3,2%. Na análise regional, o Sul mostrou a menor taxa (4,1%) e o Nordeste, a maior (7,6%). Em relação a 2011, a única região que apresentou variação estatisticamente significativa foi a Sudeste, onde a taxa passou de 7,0% para 6,1% em 2012.

O número de desocupados (pessoas que não trabalhavam, mas tomaram providência efetiva para conseguir trabalho), de 6,2 milhões de pessoas, caiu 7,2% em relação ao ano anterior, uma diminuição de 478 mil desocupados. Em relação a 2004, houve uma retração de 22,5%, menos 1,8 milhão de pessoas. No Sudeste (-11,1%) ocorreu a única variação estatisticamente significativa. Já a população ocupada chegou a 93,9 milhões de trabalhadores em 2012, um crescimento de 1,6% em relação a 2011, atingindo 2,7% na região Norte.

O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (74,6%) manteve-se estável de 2011 para 2012, embora o número absoluto destes trabalhadores tenha crescido 3,2%, chegando a 35 milhões de pessoas nessa condição, 1,1 milhão a mais de empregos nessa modalidade. No Sudeste e no Sul a proporção ultrapassou 80%.

Houve avanço também nos indicadores nacionais relacionados ao trabalho infantil. Em 2012, havia 3,5 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos de idade trabalhando, 156 mil a menos que em 2011. O nível da ocupação (proporção de ocupados nessa faixa etária) das pessoas de 5 a 17 anos foi de 8,3% em 2012, frente a 8,6% em 2011.”

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