Daniel Mello, Agência Brasil
Quase um terço dos entrevistados (29%) disse que nunca vê a defesa de seus interesses na televisão, enquanto que para 55% essa defesa ocorre de vez em quando. Em relação às mulheres, 17% acha que quase sempre são tratadas com desrespeito na programação, problema que ocorre eventualmente para 47% dos entrevistados. O tratamento dos nordestinos também recebeu avaliação semelhante, sendo que foi considerado quase sempre desrespeitoso para 19% e só às vezes para 44%. Sobre a população negra os percentuais foram de 17% e 49%, respectivamente.
De acordo com o estudo, a maioria da
população (61%) acha que a TV concede mais espaço para o ponto de vista dos
empresários do que dos trabalhadores (18%). Para 35% dos brasileiros, os meios
de comunicação, não só a televisão, defende principalmente os interesses dos
próprios donos. Na opinião de 32%, a versão que prevalece na mídia é a dos que
têm mais dinheiro e para 21% é o interesse dos políticos que é mais defendido
pelos meios. Apenas 8% avaliaram que os meios de comunicação estão
prioritariamente ao lado da maioria da população.
A maioria dos entrevistados (71%) é
favorável a que a programação televisiva tenha mais regras. Para 16%, as regras
atuais são suficientes para disciplinar o conteúdo e 10% disse que é preciso
reduzir o número de normas. Na opinião de 54%, não deveriam ser exibidos
conteúdos de violência ou humilhação de homossexuais ou negros. Para 40% da
população, esse tipo de programação pode ser aceita sob determinadas regras. Percentual
semelhante ao humor que ridicularizam pessoas, 50% são contra a exibição desse
conteúdo e 43% admite desde que normatizado.”
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