Carmen Lúcia,
presidenta do Tribunal Superior
Eleitoral:
'garantir a confiança das instituições
pelo povo' / tjam.jus.br
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“Carmem Lúcia diz que é preciso priorizar o
debate de ideias entre os candidatos, e não o de suas contas bancárias
Ao participar ontem (29) de audiência pública no Senado para discutir a reforma política, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carmen Lúcia Antunes Rocha, afirmou enfaticamente que é contra o financiamento privado de campanhas país e pediu ao Congresso para correr no sentido de aprovar uma legislação que possa entrar em vigor em 2014.
A fala da ministra soou educada e cheia de entrelinhas, mas mostrou um novo lado por parte da Justiça Eleitoral. Até a semana passada, alguns ministros do TSE se esquivavam de dar declarações sobre pontos da reformas.
“Em tempos de mudança de humanidades, e não apenas de uma simples mudança de tempos, o Congresso Nacional terá a árdua tarefa de produzir uma reforma política que responda aos anseios da população e, para isso, poderá contar com o total apoio da Justiça Eleitoral”, afirmou.
Conforme o entendimento da ministra, é preciso que a nova lei a ser aprovada “agrade aos cidadãos”, mesmo que isso represente dificuldades a serem enfrentadas pelos parlamentares.
“A reforma política precisa ser realizada de forma coerente com o que a sociedade espera. Afinal, já está maturada”, enfatizou.
De acordo com Cármem Lúcia, a reforma também é importante para resgatar a confiança nos agentes públicos. “Sem confiança, não há democracia”, acrescentou.
A ministra defendeu que tudo o que reduzir gastos das campanhas eleitorais é bom para a nação, porque as eleições já são muito caras no país.
“Temos que priorizar o debate de ideias entre os candidatos e não das suas contas bancárias”, frisou.
A presidente do TSE também aproveitou para mostrar dados do tribunal, segundo os quais nas eleições do ano passado,cada voto custou aos cofres públicos R$ 2,41.
“Se somos 140 milhões de brasileiros, basta
multiplicar para saber o preço do voto. É muito dinheiro e isso é necessário,
mas é importante que se saiba que já existe dinheiro público, e muito, no
processo eleitoral”.
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