Fernando Brito, Tijolaço
“Miriam Leitão “anunciou”
hoje o Índice de Preços ao Consumidor que o IBGE irá anunciar amanhã:
inflação zero em julho.
Não é, apesar de parecer, inside
information. Toda a torcida do Flamengo e do Corinthians nos meios
econômicos sabe disso.
É possível que venha até ligeiramente
negativo o IPCA, embora não se possa, de boa-fé, fazer projeções com centésimos
de pontos.
Sabe, porque dois índices muito
semelhantes, em sua conformação, ao IPCA foram anunciados no final da semana e
hoje: os Índices de Preços ao Consumidor da Fipe e da Fundação Getúlio Vargas,
que caíram 0,13 e 0,17%, respectivamente.
Mas, claro, Miriam Leitão, em seu
comentário do Bom Dia, Brasil, não deixa a peteca catastrofista cair.
Primeiro, fala da pressão do dólar, que
pode elevar os preços.
Sim, pode. Mas há sinais disso?
O Índice Geral de Preços da FGV, que abarca também a variação
de preços no atacado (60% do indicador), mais sensível à variação cambial, foi
divulgado hoje e caiu de 0,35% em junho para 0,14%. Em relação a julho passado,
queda muito forte: era de 1,52%. No item ”Matérias-Primas Brutas”, a
taxa de variação passou de 1,39%, em junho, para -0,02% e no grupo Bens
Finais, expurgado da baixa dos de alimentos in natura registrou estabilidade:
de 0,45%, ante 0,46%, em junho.
Mas Miriam volta à carga: diz que o BC quer
“aproveitar a janela de oportunidade” para o combate à inflação – inflação em
queda – e talvez prossiga na escalada de aumento das taxas de juros.
É incrível: gripe ou resfriado, chuva ou
sol, juros são o melhor remédio, sempre, para esta gente."
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