Babá eletrônica
deve ser atualizada e protegida com senhas
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Redação, BBC Brasil
“Um hacker invadiu o circuito de uma babá eletrônica e gritou insultos para uma criança de 2 anos, aproveitando-se de uma vulnerabilidade do sistema computadorizado do aparelho. Segundo a emissora americana ABC News, Marc e Lauren Gilbert, um casal de Houston, Texas, escutou uma voz “de sotaque britânico ou europeu” gritando ofensas e obscenidades pela câmera da empresa Foscam.
A filha do casal, Allyson, estava no quarto, dormindo. A menina é surda, o que acabou sendo “uma bênção” nesse episódio, disseram seus pais.
Pela câmera, o hacker foi capaz de ver o nome da criança escrito na parede do quarto.
- A sensação era de que tinham invadido a nossa casa – disse Marc.
Senhas
A Foscam, que anuncia seu produto como a “babá eletrônica ideal”, ainda não comentou o caso nos EUA. Mas sua revendedora na Grã-Bretanha disse à agência britânica de notícias BBC que vai entrar em contato com sua base de consumidores para alertá-los “quanto à importância de proteger suas câmeras com senhas”.
A BBC encontrou provas de que hackers compartilham informações sobre como acessar câmeras não protegidas em fóruns online.
Usando mecanismos de busca especializados,
é possível delimitar os resultados por localização.
Em um desses fóruns, havia listas para
acessar câmeras de “escolas e creches” ou de “quartos infantis”.
Em abril, a empresa de segurança Qualys
descobriu brechas em equipamentos da Foscam e, no ano passado, outra empresa, a
Trendnet, teve de atualizar seu sistema para consertar falhas que deixaram
milhares de câmeras expostas à ação de invasores.
Num fórum no site da Foscam, alguns
consumidores se queixaram de problemas de segurança. “Meu marido ouviu um
barulho no quarto dos bebês. Um homem começou a falar com ele (pela câmera)”,
disse uma usuária.
Para Alan Woodward, professor do
Departamento de Computação da Universidade de Surrey (Grã-Bretanha),
“equipamentos de monitoramento são úteis para garantir a segurança de crianças,
mas é preciso cuidado antes de ligar (os aparelhos) a internet, já que isso
aumenta sua vulnerabilidade”.
Ele recomenda que os softwares dessas babás
eletrônicas sejam frequentemente atualizados.”
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