Manifestantes a
favor e contra os vetos de
Dilma ao Ato
Médico acompanharam a sessão
de ontem do
Congresso
/ Laycer
Tomaz/Câmara dos Deputados
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“Marcada por intensas manifestações nas
galerias, a sessão do Parlamento destinada a análise de quatro vetos da
presidenta confirmou a vitória do governo
Marcada por intensas manifestações nas galerias,
a sessão do Congresso Nacional destinada a análise de quatro vetos da
presidente Dilma Rousseff foi encerrada pouco antes das 22h desta terça-feira
(20). O resultado, divulgado na madrugada, confirmou a vitória do governo, na
primeira votação sob as novas regras para apreciação de vetos presidenciais:
foram mantidos todos os quatro vetos em análise.
A maior pressão esteve sobre os vetos à Lei
12.842/2013, conhecida como Lei do Ato Médico, que também concentrou os
discursos dos parlamentares.
A lei que disciplina a profissão da
medicina teve dez itens vetados pelo Poder Executivo. Um dos mais polêmicos é o
artigo que permite somente aos médicos fazer diagnósticos e prescrições
terapêuticas. Além disso, outros assuntos estavam em jogo, como a competência
profissional para exercer cargo de direção e chefia de serviços médicos e
hospitalares.
Os outros três vetos em exame eram
relacionados ao Projeto de Lei de Conversão (PLV) 13/2013, que estende o Programa Universidade para Todos (Prouni)
às instituições municipais de ensino superior; ao PLV 15/2013, que desonerou produtos da cesta básica; e ao artigo do
PLS 240/2013 – Complementar que retira do cálculo dos repasses dos
fundos de Participação dos Estados e dos Municípios (FPE e FPM) as desonerações
feitas pela União.
Desde cedo, manifestantes, a favor e contra
os vetos ao Ato Médico, aglomeraram-se na entrada do Congresso Nacional,
conhecida como Chapelaria. Por volta de 21h, enquanto os vetos eram discutidos
no Plenário da Câmara, eles chegaram a forçar passagem por portas de vidro que
dão acesso ao interior do prédio.
Durante a discussão e votação da matéria,
médicos e profissionais de outras categorias da saúde lotaram as galerias da
Câmara. Eles não pouparam vaias e aplausos aos parlamentares, que se revezavam
na tribuna, defendendo a derrubada ou a manutenção dos vetos.
Apuração
A votação foi feita por meio de cédula
única, em que os parlamentares marcaram se aceitavam ou não os vetos do
Executivo, relacionados aos quatro textos aprovados pelo Congresso. Para
derrubar um veto é necessário o apoio de 257 deputados e 41 senadores. Conforme
o presidente do Congresso, Renan Calheiros, 458 deputados e 70 senadores
votaram. A apuração foi feita pela Secretaria Especial de Informática do Senado
(Prodasen).
Outra sessão do Congresso já foi marcada
para o dia 17 de setembro, para a análise de outros vetos que até lá estiverem
trancando a pauta, por excederem prazo de 30 dias para votação, de acordo com
novas regras definidas por líderes partidários em julho.”
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