Serra quer, sim, a presidência em 2014


Embalado por seu desempenho nas pesquisas eleitorais, ex-governador de São Paulo José Serra encontrou-se com Roberto Freire, que tenta criar o partido Mobilização Democrática, e mostrou disposição para concorrer ao Palácio do Planalto, em 2014; pesquisa o coloca com chances reais de passar para o segundo turno


O ex-governador José Serra tem resgatado seus antigos afetos políticos nos últimos dias, embalado pelas pesquisas que o apontam em vantagem diante do colega de partido Aécio Neves e de outros pré-candidatos à Presidência em 2014.
Segundo Vera Magalhães, do Painel, da Folha, ele bateu à porta de Roberto Freire, do PPS, que no ano passado declarou publicamente seu interesse em atrair o tucano para sua nova chapa e, assim, formar um time dos sonhos contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Leia:

Sondando o terreno

José Serra se reuniu na quinta-feira com o presidente do PPS, Roberto Freire, e mostrou disposição concreta de disputar a Presidência em 2014. Hoje no PSDB, Serra deu sinais de que pode se candidatar pelo MD, partido que seria formado a partir da fusão entre PPS e PMN. O ex-governador se mostrou entusiasmado com uma pesquisa divulgada no Paraná em que aparece empatado com Marina Silva (Rede) em segundo lugar, com desempenho melhor que o de Aécio Neves (PSDB).

Escape Na conversa com Freire, Serra repisou a tese de que a oposição se beneficiará de um número maior de candidatos, e demonstrou consciência de que não teria espaço para disputar a Presidência pelo PSDB.

Palanque "Os números das pesquisas mostraram que ele ainda é um grande representante da oposição", afirma o presidente do PPS. Nas últimas semanas, segundo aliados, Freire passou a considerar mais remotas as chances da candidatura de Eduardo Campos (PSB), com quem vinha negociando aliança.

Timing Apesar dos sinais, o ex-governador não deve dar nenhum passo definitivo antes de setembro, às vésperas do prazo legal para mudanças de partido.

No telhado? Congressistas de vários partidos já não levam muita fé na criação do MD. A expectativa inicial de atrair até 25 deputados para a sigla foi revista e, hoje, dirigentes acreditam que podem se filiar, no máximo, quatro.”

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