Serra mostra as garras para Aécio


Fernando Brito, Tijolaço

“A abertura da coluna Painel de hoje, na Folha, onde o cidadão Roberto 
Freire – chamemo-lo assim, para não usar adjetivos – anuncia a disposição de José Serra em candidatar-se à Presidência pelo partido “alguma coisa” que ele está criando deve ser lida não apenas como mais um rasgo de vaidade do deputado pernambucano-paulistano.

Serra conhece muito bem Freire, que lhe deve a eleição como deputado federal pela Paulicéia, já que em Pernambuco não consegue mais nada.

Portanto, os atos de Freire são os que Serra determina, inclusive este anúncio de pré-candidatura.

E o que Serra sinaliza é que fará qualquer coisa para eliminar qualquer chance de Aécio Néves como candidato.

Se irá até o fim, não se sabe.

Mas como Serra não tem um projeto político coletivo e rumina ainda o recalque de achar que perde porque os outros o sabotam, não porque o povo o rejeita, o desejo de vingança atormenta sua alma.

Daí ela vagar, penada, visível apenas quando o quadro político escurece.
Leia a nota da Folha:

José Serra se reuniu na quinta-feira com o presidente do PPS, Roberto Freire, e mostrou disposição concreta de disputar a Presidência em 2014. Hoje no PSDB, Serra deu sinais de que pode se candidatar pelo MD, partido que seria formado a partir da fusão entre PPS e PMN. O ex-governador se mostrou entusiasmado com uma pesquisa divulgada no Paraná em que aparece empatado com Marina Silva (Rede) em segundo lugar, com desempenho melhor que o de Aécio Neves (PSDB).

Escape Na conversa com Freire, Serra repisou a tese de que a oposição se beneficiará de um número maior de candidatos, e demonstrou consciência de que não teria espaço para disputar a Presidência pelo PSDB.

Palanque ”Os números das pesquisas mostraram que ele ainda é um grande representante da oposição”, afirma o presidente do PPS. Nas últimas semanas, segundo aliados, Freire passou a considerar mais remotas as chances da candidatura de Eduardo Campos (PSB), com quem vinha negociando aliança.

Timing Apesar dos sinais, o ex-governador não deve dar nenhum passo definitivo antes de setembro, às vésperas do prazo legal para mudanças de partido.”

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