“O deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP)
diz serem graves as informações que recebeu sobre sonegações fiscais cometidas
pela Rede Globo. Recentemente, documentos vazados na internet divulgaram que a
empresa teria sonegado um total de R$183,14 milhões da Receita Federal. O
delegado recebeu os documentos de manifestantes que protestavam contra a
emissora no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (4) e disse que fará investigação
sobre o assunto no Congresso Nacional.
Vermelho / R7
“Pode-se partir até para uma CPI (Comissão
Parlamentar de Inquérito) como outro tipo de investigação. Do meu conhecimento,
já existem alguns procedimentos investigativos. Se eles não estiverem tendo seu
tratamento a altura da gravidade do que se apura, é evidente que tem de ter uma
investigação maior por parte do Parlamento brasileiro”, disse o parlamentar em
matéria publicada pelo R7.
Protógenes, que vem acompanhando o assunto, diz que quer integrar em sua investigação a informação de outras esferas que já estariam analisando a Rede Globo. “Eu já estou estruturando para solicitar informações junto à Receita Federal, de procedimentos instaurados, e também junto ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal, indícios de Crime Financeiro. Não há só indícios de sonegação Fiscal. Foram relatados, pelo que acompanho, crimes financeiros e crimes tributários, e há indícios a se apurar nessa direção”, afirmou.
O deputado, que é ex-delegado da Polícia Federal, relata não ver indício de fraudes na documentação apresentada pelos manifestantes. Segundo ele, “as reivindicações são legítimas”.
Na noite desta quarta-feira (3), cerca de mil manifestantes se reuniram na frente da sede da Rede Globo, no Rio de Janeiro. O grupo questionava o não pagamento dos impostos por parte da emissora à Receita Federal entre outros pontos relativos à empresa. Durante o ato, foi entregue uma carta à Rede Globo cobrando explicações sobre a fraude ao fisco, assumida pelo grupo televisivo.
Procurada pela reportagem do Portal R7, a assessoria de imprensa da Rede Globo ainda não havia se manifestado até a publicação desta nota.”
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