Papa Francisco aos padres: #vempraruavem


Cada vez mais político, o papa Francisco pede aos bispos, sacerdotes e religiosos que deixem a zona de conforto e busquem estar próximos ao povo; "e nas favelas que nós devemos ir procurar e servir a Cristo", lembrou; antes disso, ele já havia dito que a igreja deve oferecer respostas aos que se desencantaram com a política

Brasil 247 / Reuters

O papa Francisco pediu neste sábado ao clero católico que deixe a zona de conforto e o isolamento para sair às ruas e servir os mais pobres e necessitados.

Em missa celebrada na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro para bispos, sacerdotes e religiosas, o papa ressaltou a importância de três aspectos da vocação: os chamados para Deus, chamados para anunciar o Evangelho e chamados a promover a cultura do encontro.

Francisco disse que o "permanecer" em Cristo não é se isolar, mas é um permanecer para ir ao encontro dos outros. O papa, lembrando a madre Teresa de Calcutá, disse que a vocação deve ser motivo de orgulho, pois dá a oportunidade de servir Cristo nos pobres.

"É nas favelas que nós devemos ir procurar e servir a Cristo", lembrou.
Na primeira missa celebrada na catedral, o papa fez um apelo aos bispos e sacerdotes, muitos no Rio para acompanhar jovens na Jornada Mundial da Juventude, que os ajudem a ser discípulos missionários também, e que saiam das paróquias para levar o Evangelho.

"Não se trata simplesmente de abrir a porta para acolher, mas de sair pela porta a fora para procurar e encontrar. Decididamente pensemos a pastoral a partir da periferia, daqueles que estão mais afastados", disse.
Francisco voltou a criticar o que chamou da "cultura do descartável". "Às vezes parece que para alguns as relações humanas são regidas por dois 'dogmas ' modernos: eficiência e pragmatismo."

O papa disse a bispos, sacerdotes e religiosos que não tenham medo de ir contra a corrente, que acolham a todos.

Desde sua eleição em março como o primeiro papa não-europeu em 1.300 anos, Francisco tem cobrado que os líderes da Igreja pensem menos em suas próprias carreiras na Igreja e ouçam mais o choro dos famintos, para preencher seus vazios material e espiritual.

(Por Philip Pullella; Edição de Maria Pia Palermo e Pedro Fonseca)

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