Cristina Indio do Brasil, Agência Brasil
Os dados fazem parte da Pesquisa Anual do Comércio divulgada hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que analisa três segmentos de atividades no ano de 2011: o comércio por atacado, o comércio varejista e o comércio de veículos, peças e motocicletas.
Segundo a técnica de informação Clician
Oliveira, da Diretoria de Pesquisas do IBGE, a alta de 7,2% é a maior
verificada desde 2007. "Isso é um resultado muito expressivo. De 2007 para
cá é a maior taxa anual," completou.
As empresas com até 19 empregados tiveram
participação significativa (56,4%) no resultado e, em 2011, empregaram 5,5
milhões de pessoas. As empresas desse porte foram responsáveis por 42,2% da
massa salarial.
Ainda na mesma comparação, a pesquisa
aponta que no varejo a taxa de crescimento registrou variação de 12,3%. Em
comparativo regional, a Região Norte teve a maior taxa de crescimento (20,5%)
no setor, em 2011. Os melhores desempenhos no varejo foram dos segmentos de
hipermercados e supermercados; combustíveis e lubrificantes; e lojas de
departamento, eletrodomésticos e móveis.
Já o comércio no atacado cresceu 10,3%. "Foi
o melhor ano desde 2007", analisou a técnica. O destaque foi para a Região
Centro-Oeste, onde a taxa atingiu 23,3%. "Muito provavelmente por conta
das empresas que estão lá. No caso do Centro-Oeste tem algumas empresas
atacadistas importantes, principalmente, do setor farmacêutico. E aí sim é por
conta da estrutura dessas economias, que têm um atacado mais pesado",
disse.
Em Mato Grosso do Sul o
crescimento nominal ficou em 22,5%. Em Mato Grosso foi ainda maior, 31,6%. "Em
todos os estados o atacado cresceu mais, mas os maiores crescimentos do atacado
foram nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso", esclareceu.
Na avaliação do setor de veículos
automotores, peças e motocicletas, o Sudeste foi o que apresentou melhor
resultado (16,9%). Para Clician Oliveira, o tamanho do mercado consumidor e o
fato de concentrar grandes cidades, podem explicar o crescimento na região.
A produtividade média de uma pessoa ocupada
na atividade do comércio em 2011 ficou em R$ 152.421. "Cada pessoa ocupada
gerou isso de valor adicionado [inclui as receitas bruta, líquida e financeira,
que a empresa tem e os gastos, inclusive despesas operacionais.]",
informou.
A receita real do comércio como um todo
cresceu 10,8% em termos reais, em 2011. No período anterior (2009/2010) o
desempenho foi melhor e registrou 12,7% de crescimento.”
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