Hora de optar e agir


Fernando Brito, Tijolaço

“A capa do Globo, neste momento, na Internet, é um tratado de sociologia. Leia as três principais chamadas:

Manifestantes protestam contra a PEC 37 durante marcha pela Zona Sul do Rio Ato iniciado em Copacabana tem a participação de cerca de 4 mil pessoas, incluindo funcionários do Ministério Público Estadual. Destino é acampamento em Ipanema

Marcha infantil contra corrupção ocupa o Aterro do Flamengo

Manifestantes acampados no Leblon promovem debate com moradores
 

A classe média voltou para seu lugar histórico: a direita.

Ou será que alguém ali está precisando economizar na passagem de ônibus ou não tem escolas e hospitais “padrão Fifa”?

Mas fora dali e dos condomínios da Barra que vaiaram o pronunciamento de Dilma, estão precisando, e precisando muito.

O povão só defenderá seu Governo se o Governo voltar a mostrar, claramente que é o governo dele, do povão.

Se os seus líderes aparecerem, falarem e agirem.

E isso quer dizer Dilma e quer dizer Lula.

Acabou o tempo em que era possível achar que ia agradar a todos.
Que o PT podia ter a preferência da Zona Sul, também.

Seria ótimo se pudesse ser assim, pois tem lugar para todos num Brasil desenvolvido e justo.

Mas a Larissa não quer a Rosana por perto.

Se a semana passada foi a da perplexidade, quando decaímos da ilusão da unanimidade, esta deve ser da ação decidida.

De retomada da iniciativa, de recuperar- como dizem hoje – a pauta propositiva.

O que somos, o que queremos e para onde vamos.

Falar muito, claro e diretamente ao povo.

Uma rede de TV por semana, se necessário.

Peguem a matéria de hoje na Folha, sobre a “receita” que dão a Dilma para vencer a crise, dobrem e joguem no lixo.

O pessoal do “volta, Palocci” é o mesmo do “vem, Joaquim”.

Não é uma questão de opção, repito, é uma necessidade.

Não somos o governo da elite e não vem dela a legitimidade que as eleições nos deram.

Mas, se não mostrarmos claramente que somos o governo do povão, não seremos o governo de ninguém."

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