Ato contra tarifa em SP ganha adesão de novos movimentos


Militantes sem-teto, do movimento gay e
de sindicatos aderem ao protesto de
hoje em São Paulo

Após repressão policial da semana passada, mais grupos devem se somar à manifestação desta segunda-feira no Largo da Batata, em Pinheiros

Redação, RBA

O quinto ato pela redução das tarifas do transporte público em São Paulo (ônibus, metrô e trens), marcado para às 17h de hoje (17), deve ganhar o apoio de diversos movimentos sociais e de trabalhadores. A manifestação desta vez será no Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste da cidade.

Entre os novos apoiadores estão os movimentos de sem-teto da capital, a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e sindicatos de trabalhadores metalúrgicos, rurais, da construção civil e do comércio.

A solidariedade desses grupos tradicionais ao Movimento Passe Livre (MPL) começou a se manifestar mais fortemente depois da truculenta repressão ao ato da última quinta-feira (13), quando pelo menos 100 manifestantes foram feridos e 232 detidos.

Representantes do MPL reúnem-se hoje de manhã com o secretário de Segurança Pública do estado, Fernando Grella. O convite foi feito pelo secretário, que pretende combinar o trajeto da manifestação com os ativistas, numa tentativa de evitar as cenas da semana passada.

Integrantes do grupo, porém, já adiantaram que não vão “negociar” o trajeto e que aceitaram participar da reunião apenas para assegurar que não haverá repressão.

“A decisão do caminho da manifestação é uma decisão política nossa, nós não vamos decidir o trajeto do movimento com eles”, disse a militante Nina Campello, segundo o jornal Folha de S.Paulo.

No país

Atos pela redução das tarifas estão marcados para ocorrer em ao menos 44 cidades do país nesta semana. Destes, 13 devem ocorrer hoje em municípios de oito estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pará, Alagoas, Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul."

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