Vitor Abdala, Agência Brasil
“A inflação para famílias com renda até 2,5
salários mínimos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1
(IPC-C1) da Fundação Getulio Vargas (FGV), ficou em 0,59% em abril, taxa
inferior ao 0,75% do mês anterior. O índice é superior, entretanto, ao 0,52%
registrado em abril pelo Índice de Preços ao Consumidor Brasil (IPC-BR), que
mede a inflação para todas as faixas de renda.
A queda do IPC-C1 de março para abril foi
provocada pela redução da taxa de cinco das oito classes de despesa analisadas.
A inflação dos alimentos, por exemplo, caiu de 1,28% para 0,98% no período,
puxada principalmente pela deflação (queda de preços) de 2,08% dos preços das
aves e dos ovos em abril.
Outra classe de despesa com inflação menor
foi habitação, cuja alta de preços passou de 0,76% em março para 0,34% em abril. O comportamento
foi puxado por itens como tarifa de eletricidade residencial, que teve deflação
de 0,58% no mês.
Três grupos de despesa passaram de uma
inflação em março para uma deflação no mês seguinte: transportes (de 0,21% para
-0,06%), comunicação (de 0,31% para -0,78%) e educação, leitura e recreação (de
0,42% para -0,47%).
Por outro lado, três classes de despesa
tiveram aumento da taxa em
abril. O índice do grupo saúde e cuidados pessoais passou de
0,36% em março para 1,63% em abril, influenciado pela alta dos preços dos
remédios, de 2,75% no mês.
A taxa de inflação de vestuário passou de
0,72% para 0,83%, enquanto o índice de despesas diversas subiu de 0,18% para
0,21%. O IPC-C1 acumula taxas de 2,51% no ano e de 7,16% nos últimos 12 meses.”
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