Mariana Tokarnia, Agência Brasil
Dilma Rousseff representa a América Latina no encontro da União Africana em Adis Abeba, capital da Etiópia. No discurso, disse que o Brasil tem muitas semelhanças com o Continente Africano, "O Brasil vê o Continente Africano como um irmão e vizinho próximo". "Nossos interesses comuns são amplos: buscamos o desenvolvimento, o que exige a promoção da inclusão da nossa população aos ganhos e riquezas de nosso país".
A presidenta reforçou também o interesse em ampliar para além das relações comerciais a cooperação com o Continente Africano, em uma cooperação Sul-Sul. A intenção é garantir "avanços e lucros mútuos para ambas as partes".
Ela finalizou o discurso com uma metáfora: "Chegou a hora de o leão africano escrever sua história, assim como a onça brasileira escrever a sua".
Dilma fica em Adis Abeba até o começo da noite. Na manhã deste sábado, participou de encontros bilaterais com os presidentes da Guiné, do Gabão, Quênia e Congo, após a comemoração do jubileu, que durou cerca de 3 horas. A presidenta também visitou Lucy, um fóssil de mais de 3 milhões de anos, descoberto em 1974, no deserto da Etiópia.
Dilma viajou acompanhada por uma comitiva de ministros, como Antonio Patriota (Relações Exteriores), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Luiza Bairros (Secretaria de Políticas da Promoção da Igualdade Racial) e Aloizio Mercadante (Educação), além do porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, empresários e assessores.
Criada em maio de 1963, a União Africana (que reúne 54 países) assumiu a função de buscar soluções internas para os conflitos envolvendo as distintas nações, assim como o processo de progressiva democratização e fortalecimento institucional. O intercâmbio comercial entre Brasil e África cresceu cinco vezes nos últimos dez anos, evoluindo de US$ 5 bilhões, em 2002, para US$ 26,5 bilhões, em 2012.”
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