Renata Giraldi, Agência Brasil
“Autoridades e especialistas brasileiros
estão em uma corrida contra o tempo. Em pouco menos de um mês haverá eleições
para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), relativas ao período
2014-2017. Criada há 54 anos, a comissão vinculada à Organização dos Estados
Americanos (OEA) é responsável pela promoção e proteção dos direitos humanos.
A exemplo do que foi feito na campanha do embaixador brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo, que venceu as eleições para a Organização Mundial do Comércio (OMC), no Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, foi montado um grupo de trabalho para a campanha com integrantes de setores considerados essenciais – América do Sul, ações sociais e direitos humanos, além de divulgação e imprensa.
Desde meados da semana passada, Vannuchi intensificou sua campanha para a comissão. Ele começou com viagens aos países mais próximos do Brasil e, depois vai ampliar. No último dia 7, ele apresentou a candidatura a diplomatas de 21 embaixadas com representação em Brasília. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, acompanhou a reunião.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos acompanha os fatos em todos os países das Américas e costuma fazer advertências sobre situações consideradas inadequadas, como ocorreu com Honduras, devido a violações e transgressões registradas em presídios brasileiros.
Além do brasileiro, concorrem ao posto
James Cavallaro (Estados Unidos), Erick Roberts Garcés (Equador), Javier de
Balaúnde López de Romaña (Peru). Tentam a reeleição José de Jesús Orozco
Henríquez (México) e o atual presidente da comissão, Rodrigo Escobar Gil
(Colômbia).
A comissão é formada por sete integrantes
eleitos pela Assembleia Geral da OEA para um mandato de quatro anos, com
direito a uma reeleição. Integram OEA 23 países e todos têm direito a voto.
Cada país vota em três candidatos. Não é possível fazer uma conta sobre o
mínimo necessário de votos.”
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