“O encontro entre a presidente Dilma
Rousseff e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), na Expozebu, em Uberaba (MG), foi
marcado pela cordialidade e por gestos recíprocos de simpatia; às vésperas de
uma campanha pela Presidência da República, em 2014, que promete ser intensa, a
cena aponta para uma disputa como deve ser: dura, porém leal, entre contrários,
mas respeitosa; no abraço, fortaleceu-se a democracia brasileira
Brasil 247 / Minas 247
“O Brasil não guarda uma boa lembrança da última campanha presidencial. A reta final da eleição de 2010, que teve Dilma Rousseff e José Serra na disputa do segundo turno, descambou em alguns momentos para o mais rasteiro debate religioso e para ataques pessoais. Diante da perspectiva de mais uma corrida eleitoral acirrada, já em clima crescente de tensão, uma cena desta sexta-feira serve de alento -- e pode até servir de exemplo para as eleições de 2014.
A presidente Dilma Rousseff, que tentará a reeleição no próximo ano, dividiu palanque nesta sexta-feira com um de seus principais futuros adversários, o senador e pré-candidato à Presidência do PSDB, Aécio Neves (MG), em Uberaba (MG). Eles estavam na cidade para a abertura da 79ª edição da Expozebu (leia mais). Durante o encontro, os dois converssaram por alguns minutos. Ambos também estavam convidados para uma feijoada oferecida pelo empresário Jonas Barcelos, dono de um dos maiores rebanhos de gado do país.
O encontro cordial, que foi marcado pelo abraço registrado em fotos, ocorre na sequência de uma série de discursos de Aécio contra a política econômica, entre outras, do governo Dilma. O último deles ocorreu durante as celebrações do Dia do Trabalho, quando Aécio discursou na festa promovida pela Força Sindical, em São Paulo, e disse que o PT "atenta contra a democracia" e demonstra "pouca capacidade de conviver com as liberdades".
Durante seu discurso no 1º de maio, o
tucano disse que o Brasil não pode permitir o retorno do "fantasma da
inflação" e que o controle dos preços é uma "conquista do PSDB".
Que o debate eleitoral evolua nesse plano, técnico, fora do âmbito pessoal para
o qual descambou na última campanha. Será melhor para os candidatos e para o
País.”
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