Batalha estratégica


A Venezuela vem enfrentando desde a vitória eleitoral do movimento bolivariano sob a liderança de Hugo Chávez, as mais tenebrosas conspirações promovidas por suas oligarquias internas acumpliciadas com interesses imperialistas.

Eduardo Bomfim, Vermelho

Os episódios desencadeados após as eleições presidenciais naquele País em 14 de abril, sequenciados nas horas seguintes com a morte de oito pessoas, atentados contra sedes de organizações populares e partidos políticos, boataria generalizada sobre sublevações militares, foram um conjunto de iniciativas premeditadas com o objetivo de desestabilização da nação venezuelana e a promoção de um golpe de Estado. 

Na verdade essa não foi a primeira tentativa golpista, e não será a última, rechaçada pelos segmentos majoritários da sociedade da Venezuela. Só que ao contrário das décadas anteriores os governos dos Países sul-americanos de caráter democrático e progressista repudiaram os movimentos de subversão externos e internos e imediatamente legitimaram o presidente Maduro democraticamente eleito pelo povo em histórica reunião da Unasul realizada em Lima, Peru.

Porém os acontecimentos na Venezuela não são isolados, fazem parte de um contexto que se espalha pelo continente, motivado pela fobia das forças reacionárias de toda a região, da América Central, Caribe e América do Sul, tendo em vista a emergência, protagonismo, a unidade das grandes maiorias dos povos americanos.

Resulta de condição geopolítica política singular o surgimento de uma série de governos, com feições diferenciadas, soberanos e democráticos, na última década, e a acentuada queda do papel dos partidos políticos conservadores e neoliberais.

De tal forma se evidencia essa retração das neo-oligarquias que elas estão sendo substituídas, em virtude de óbvia rejeição social, pelos monopólios de comunicação associados ao complexo midiático internacional anglo-americano, que passam a travar virulenta luta ideológica golpista, à intenção da manipulação das redes sociais especialmente entre a juventude, com os mesmos intentos.

Assim o que está em curso é uma estratégica batalha entre os que pelejam pela independência, o progresso das Américas, contra as forças desejosas do retrocesso social, da abdicação da soberania dessas nações aos interesses econômicos, o alinhamento automático, dependente, submisso da América Latina às determinações forâneas sejam elas quais forem.”

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