Barbosa mantém mão pesada sobre mensalão e provoca protesto de advogados


Barbosa, relator da ação penal, não quis
dar acesso aos votos antes da publicação
do acórdão (Foto: Nelson Jr. STF)

Após barrar acesso a votos da Ação Penal 470, presidente do STF dará cinco dias para apresentação de recursos após publicação de acórdão, esta semana; advogado de Genoino vê cerceamento ao direito de defesa


O advogado do deputado federal José Genoino (PT-SP) na Ação Penal 470, Luiz Fernando Pacheco, confirmou hoje (8) ter dado entrada em novo pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que caiba ao plenário da casa – atualmente composto por dez ministros – a decisão sobre o tempo que será dado à defesa para que apresente seus recursos após a publicação do acórdão do julgamento. Com isso, a defesa de Genoino se alinha à de outros réus do processo do mensalão na tentativa de reverter a anunciada decisão do presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, que já avisou considerar desnecessária a submissão do assunto ao colegiado.

Até o fim da tarde de hoje ainda não havia sido entregue o último voto escrito que resta – o do ministro Celso de Mello – sobre a Ação Penal 470. Após a inserção desse voto no sistema de dados do STF, o acórdão poderá ser publicado a qualquer momento. Procurado pela reportagem, Joaquim Barbosa, por intermédio da assessoria do STF, afirmou que “não há previsão de alteração do prazo regimental para a apresentação de recursos após a publicação do acórdão”. Sobre quanto tempo levará para publicar o acórdão, Barbosa disse que “o fará o mais rápido possível”.

Após a publicação do acórdão, Barbosa pretende dar um prazo de cinco dias para a apresentação de recursos, tempo considerado impraticável pelos advogados. Pacheco alega cerceamento do direito de defesa. “Estamos tentando uma dilação desse prazo porque consideramos que é humanamente impossível ler um acórdão desse tamanho e preparar o recurso em cinco dias. O ministro Joaquim Barbosa já indeferiu um primeiro pedido, mas já protocolamos outro para que a matéria seja levada ao plenário de forma a que o colegiado possa decidir”, diz o advogado de Genoino.”
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