Cardeais serão
monitorados para evitar
vazamento de
informações durante conclave
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Redação, PortalIMPRENSA
“Na última quinta-feira (28/2), o Vaticano
admitiu ter grampeado telefones internos de funcionários da Santa Sé dentro da
investigação sobre o vazamento de informações e documentos do gabinete privado
do papa Bento XVI, informou O Estado de S. Paulo.
A revelação ocorre num momento crítico da
Igreja, quando o mundo está olhando para o Vaticano, já que a transição de
poder na Igreja se transformou em um evento midiático global. No total, mais de
3,4 mil jornalistas já foram credenciados para a cobertura do conclave, vindos
de 61 países.
Líder estabeleceu escutas
A revista italiana Panorama publicou uma
reportagem com a revelação de que o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de
Estado do Vaticano, estabeleceu uma ampla escuta na Igreja depois do escândalo
conhecido como Vatileaks, que revelou corrupção e outros problemas dentro da
Cúria.
Bertone, administrador da propriedade e da
receita da Santa Sé, seria uma das pessoas que teria criado profundas divisões
na Igreja. Desde a última quinta (28/2), ele lidera a Santa Sé, na ausência de
um papa.
Em coletiva de imprensa, o porta-voz da
Santa Sé, padre Federico Lombardi, negou que o sistema de escuta fosse amplo e
desmentiu que Bertone esteja por trás dessa manobra. "Isso não é
verdadeiro." Admitiu que "escutas mínimas" foram implementadas
como parte do processo que foi aberto para determinar como os documentos foram
divulgados pelo mordomo particular do papa.
Bloqueio
Segundo o jornal, para evitar eventuais
novos escândalos, os cardeais viverão dias de reclusão e de limitações em suas
declarações. Ao entrar ao conclave, além de não terem acesso a telefones,
também estarão sem sinais de internet. E o Vaticano ressaltou que quem
tuitar será excomungado.”
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