“Pesquisa feita pelo jornal eletrônico
Diário do Centro do Mundo aponta que jornais, emissoras e revistas de viés
conservador podem causar mais danos à presidente do que seus oponentes de carne
e osso, no mundo político
O
jornal eletrônico Diário do Centro do Mundo, do jornalista
Paulo Nogueira, ex-diretor de Época e Exame, realizou uma pesquisa
interessante, perguntando a seus leitores quem seria o maior adversário de
Dilma Rousseff em 2014: Aécio Neves, Eduardo Campos, Marina Silva ou… ela
própria, a mídia. Deu mídia na cabeça. Confira abaixo.
Quem será o maior adversário de Dilma em 2014?
Por Paulo Nogueira
Já disse algumas vezes quanto é caro ao Diário ouvir
os leitores.
O
que eles têm a dizer sobre 2014?
Foi
o tema de uma enquete que se encerra hoje. Dado o favoritismo com que Dilma
inicia a campanha pela reeleição, a pergunta quis identificar, na visão dos
leitores, quem seria o maior adversário dela.
Foram
colocadas quatro alternativas.
Aécio,
isso caso Serra não dê um jeito de concorrer ainda uma vez.
Não, disseram os leitores.
Marina,
com seu novo partido.
Não, disseram os leitores.
Eduardo
Campos.
Não, disseram os leitores.
Os
três somados obtiveram apenas 20% das respostas.
Então
quem?
Claro.
Batata, como escrevia Nelson Rodrigues. Ela, a mídia.
Os
leitores do Diário entendem que a mídia vai ser, de longe, o maior adversário
de Dilma em 2014.
Minha
opinião interessa?
Concordo.
Tinha
pensado, como escrevi ontem, que Joaquim Barbosa poderia surgir como um Beppo
Grillo brasileiro, o antipolítico que arrebata corações de eleitores frustrados
com os políticos tradicionais.
Mas
não. Grillo é um legítimo heroi para milhões de italianos das ruas, e JB é
desprezado, detestado ou simplesmente ignorado pelo brasileiro que faz ou
desfaz governantes.
Ele
seria eleito talvez presidente da Hípica do Rio, ou do Instituto Millenium, mas
vamos parando por aí.
A
mídia vai tentar tirar Dilma. Provavelmente aparecerão provas contundentes,
como fez o Jornal Nacional, de coisas como o atentado da bolinha de papel que
sequer arranhou a amplidão oceânica da testa de Serra.
Por
quê?
Porque,
lamentavelmente, as grandes empresas de mídia representam hoje o atraso do
atraso. Funcionam não como guardiãs do interesse público, mas de seus próprios
privilégios.
Por
isso mesmo perderam influência: ninguém está muito interessado em ouvir alguém
que defende apenas a si próprio dizendo defender a sociedade.
O
Diário sonha com um Brasil escandinavo: libertário, feliz, próspero, em que o
impulso imprescindível ao ato de empreender é contrabalançado por um fortíssimo
sentido de responsabilidade social nas corporações.
Independente
e aparditário, o Diário apoia e apoiará quem mostrar planos mais consistentes
para encurtar o longo caminho rumo à Escandinávia. Nosso compromisso é com a
causa, e não com partidos ou com políticos.
A
grande mídia vai no sentido contrário ao sonho do Diário.
E é por isso, ainda mais que pela disrupção
trazida pela internet, que ela vai se tornando pequena.”
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