“Projeção de crescimento aponta para PIB de
3,1% este ano, o maior do último triênio; desemprego de 5,6% é o menor em 14
anos, assim como a taxa de juros de 7,25% é a mais baixa dos últimos 20 anos;
previsão do Banco Central é de queda de 15% na tarifa de energia e de 2% na de
telefonia; empréstimos para empresas crescem 75% em janeiro na Caixa, apontando
para investimentos produtivos; inadimplência se mantém estável; preços
administrados devem subir 2,7%, dentro da meta traçada; por que esses números
não são destacados pela mídia tradicional?
Brasil 247
Entre 1999 e 2002, na gestão do fundador do
Gávea Investimentos, Armínio Fraga, na presidência do Banco Central, a inflação
saltou de 8,44% para 12,53%, variando entre 5,97% e 7,67% nos dois anos
intermediários. As metas de inflação daquele quadriênio estouraram por três
vezes, sendo respeitadas, com a entrada na variação permitida pela banda
pré-estabelecida, em apenas um exercício. Era o segundo mandato do presidente
Fernando Henrique Cardoso, com Pedro Malan no Ministério da Fazenda. A alegação
para a quebra de todos os limites impostos pelo próprio BC, invariável: culpa
da crise internacional.
A mídia tradicional, naquela quadra
histórica, não apenas compreendia o momento, como aquiescia diante das decisões
e elevou Fraga ao patamar de intocável, no qual ele está até hoje.
Nos últimos dois anos, o cenário de crise
permaneceu tanto nos Estados Unidos quanto na Europa. O euro, moeda única do
Velho Continente, quase virou pó, com os países membros da União Européia tendo
conseguido um consenso em torno da manutenção de sua moeda apenas depois de
meses de longas reuniões. Países industrializados como a Itália, ascendentes
como Portugal e modelares como a Espanha chegaram perto de quebrar. Aconteceu
com a Grécia. Para todos, foram necessários bilhões de euros em ajuda para
impedir o pior. No entanto, os efeitos da crise que, para ser contida nos
Estados Unidos, leva o Federal Reserv a manter as taxas de juros no patamar
zero até 2015 – decisão anunciada formalmente –, não levaram o Banco Central do
Brasil, como no passado da virada dos anos 1990 para 2000, a estourar suas
metas. Ao contrário.”
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