“Será que o novo "galeguinho dos zóio
azul" do Nordeste teria "endireitado"? Encontrou-se na calada da
noite com Serra, firmou estranha "parceria" com Jarbas Vasconcelos e
teria feito articulações com Jorge Bornhausen e ACM Neto
Lula Miranda, Brasil 247
"Galeguinho dos zóio azul", assim era conhecido o hoje sumido Tasso Jereissati (PSDB) no Ceará dos irmãos Ciro e Cid Gomes. Ambos do PSB de Eduardo Campos. Ambos, amigos de Jereissati; que apoia Aécio; que não se bica com Serra; que apoia Campos; que "apoia" Dilma – o que nos remete ao poema "Quadrilha" de Carlos Drummond de Andrade .
É interessante de se notar, e registrar, ainda, como no Brasil os "galeguinhos" estão sempre governando os "mulatinhos".
É bem verdade que as triangulações do PSB de Pernambuco com o tucanato paulista, via "empresas amigas", para fins de financiamento de campanhas, já vem de longa data – só o PT é que não viu. Não à toa o PSB em SP é aliado dos tucanos. Siga o dinheiro – diz a velha máxima.
A promiscuidade na política brasileira faria corar os frequentadores dos antigos bordéis ou dos "bacanais" da Roma antiga. Afinal, o que é o encontro de Eduardo com Serra diante do encontro de Lula com Paulo Maluf na casa deste último em São Paulo? Vale tudo pela chamada governabilidade. Não. Não vale.
Vale se associar à escória da política nacional para obter dividendos eleitorais? Os fins justificam os meios? Cada tempo ou ocasião forja a sua própria moral e seu peculiar código de ética?
Por falar em ética: que mecanismo mental ou
social propicia o milagre de fazer com que um político que responde a 11
inquéritos abertos pelo sempre vigilante Ministério Público sinta-se
confortável dando aulas de ética numa faculdade? O que aprenderão os nossos
jovens?! Ou ainda o que faz com que um procurador e ex-secretário de Segurança
Pública de um estado, eleito senador da República e suposto baluarte da moral
na tribuna do Senado, seja flagrado em associação com um renomado contraventor?
Nesse contexto a suposta guinada de um
suposto "socialista" para a direita não nos deveria causar espanto. Não
é mesmo? Deveria.
Como lembrou, recentemente, o senador
petista Jorge Viana, um dos mais ponderados e esclarecidos quadros do petismo
[que para tucano só falta o bico alongado e as plumas/penas]: "Eduardo Campos
não é nosso [deles] inimigo" – lembrando-nos que o governador e candidato
à Presidência integra a base aliada da presidenta Dilma.
Imaginem se fosse "inimigo"!
Imaginem vocês se Campos não fosse da base "aliada"! Já pensaram?
Eduardo Campos virou à direita? Quem mais
seguirá junto com ele?”
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