Mudança. Conversas
e viagens mais frequentes. Foto: Mastrangelo Reino/ Frame/ Estadão Conteúdo
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“Sensação política do momento, o governador
de Pernambuco, Eduardo Campos, profetizou em dezembro de 2012: “Os 90 dias
iniciais de 2013 serão decisivos para o governo Dilma”. Não se sabe se era só
um conselho de um aliado histórico ou sinal dos planos de quem pretende se
candidatar à Presidência. Nem se a presidenta ouviu o governador. Fato é que a
petista decidiu agir, até contra a fama de não ter apetite pela política. As
conversas com líderes da base tornaram-se mais frequentes, as viagens pelo País
idem, e a reforma ministerial, iniciada na sexta-feira 17, reforçou a parceria
com o PMDB e reaproximou o PDT do Palácio do Planalto.
Para melhorar o clima, a pesquisa Ibope,
encomendada pela Confederação Nacional da Indústria e divulgada na terça-feira
19, captou níveis recordes de aprovação ao governo e à mandatária (a respeito,
ler a coluna “Rosa dos Ventos”, à pág. 13). No Nordeste, seara de Campos, Dilma
alcança impressionantes 85% de apoio.
“A Dilma mudou a agenda, está conversando
mais, está mais solta. É outro governo”, afirma o petista Jorge Viana,
vice-presidente do Senado. Neste cenário de arrumação reside a importância da
reforma ministerial. Na Agricultura, saiu o peemedebista gaúcho Mendes Ribeiro,
doente, e entrou o peemedebista mineiro Antônio Andrade. Na Secretaria de
Aviação Civil, um servidor público de carreira, Wagner Bittencourt, deu lugar
ao ex-governador Moreira Franco, antes lotado na insignificante Secretaria de
Assuntos Estratégicos. O PMDB ficou satisfeito. Ao menos por enquanto.
O movimento mais pragmático aconteceu no
Ministério do Trabalho. Dilma trocou uma indicação pessoal, Brizola Neto, por
um novo pacto com o PDT. O neto de Brizola deu lugar a Manoel Dias, ligado ao
presidente da legenda, Carlos Lupi. Uma parte dos pedetistas sonha em
desembarcar da canoa do PT e vislumbrava a oportunidade de unir-se ao PSB de
Campos. Lupi garante a fidelidade do partido à reeleição da presidenta.
P.S.: Na oposição, José Serra tenta
desestabilizar o correligionário Aécio Neves e “namora” Eduardo Campos. O
cupido chama-se Roberto Freire, do PPS.”
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