Fernanda Cruz, Agência Brasil
O Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS-Dieese) usou como parâmetro a evolução do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o SAS, aproximadamente 4% das negociações conquistaram reajustes em percentual igual ao índice de inflação e 1% delas tiveram reajuste inferior. O aumento real médio observado nas negociações foi de 1,96%.
Entre os setores econômicos pesquisados, a indústria foi o que teve melhor desempenho, com aumentos reais em 97,5% dos casos, no ano de 2012. Esse setor também foi o único a não apresentar reajustes abaixo da inflação. No comércio, aproximadamente 96% das negociações resultaram em reajustes acima da inflação, 1% obtiveram correção salarial em valor igual à inflação e 3%, em valor abaixo. No setor de serviços, cerca de 90% das categorias conquistaram aumentos reais, 8% tiveram reajustes iguais à inflação e quase 3%, abaixo.
Nos três setores, a maior parte dos reajustes de 2012 se concentrou nas faixas de aumento real de até 3%. Na indústria e no comércio, a maior incidência se deu entre os ganhos de 1,01% a 3%, e nos serviços, entre 0,01% e 2%. Ganhos reais acima de 3% foram observados em 14% das negociações dos serviços, 12% da indústria e 7% do comércio.
Na comparação por tipo de instrumento
normativo assinado para obtenção de reajustes salariais, 96% das convenções
coletivas de trabalho – que abrangem toda ou parte de uma categoria
profissional, conquistaram aumento real. Entre os acordos coletivos de trabalho
– assinados por entidades sindicais de trabalhadores e empresas, a ocorrência
de aumentos reais foi menor, em cerca de 86% dos casos. O valor médio dos
aumentos reais nas convenções coletivas de 2012 foi de 2,09% e nos acordos
coletivos foi de 1,13%.”
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