“Marina Silva disse: "Nem oposição e
nem situação; nem esquerda e nem direita". Genial, não?
Davis Sena Filho, Brasil 247
Marina Silva reapareceu neste sábado, em
Brasília, no lançamento oficial de seu partido batizado por ela e seus adeptos
de Rede Sustentabilidade ou, simplesmente, Rede. Marina e seus partidários
quiseram aparecer com pompa, mas os presentes a tal evento não passavam de mil
pessoas, bem como os discursos foram simplórios e sem quaisquer novas propostas
no que diz respeito, por exemplo, às questões ideológicas.
A verdade é que a agremiação Rede é anã,
como o é o PSOL, que, inegavelmente, até hoje não diz para o que veio, além de
ter se aproximado, e muito, de partidos à direita do espectro ideológico e por
causa disso se transformar em aliado dos tucanos, como bem demonstraram as
últimas eleições municipais realizadas em outubro de 2012.
O que se ouviu foi um blá-blá-blá tão
típico e característico da ex-senadora Marina Silva, com palavras
desconcatenadas e um pseudointelectualismo que somente parte presunçosa da
classe média, empresários que se consideram bisonhamente de “vanguarda” e
políticos de cabeças obtusas consegue admirar.
O palavreado de Marina cansa não somente
por ser enfadonho ou chato. Acima de tudo seu discurso é “xarope” porque, na
realidade, não diz nada, coisa com coisa, pois Marina é vazia de ideias ao
tempo que ambiciosa pelo poder e rancorosa por não ter sido indicada pelo
ex-presidente Lula para ser a candidata do PT à Presidência da República.
Marina Silva precisa de 500 mil
assinaturas para requerer o registro do partido junto ao Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), e, consequentemente, concorrer às eleições de 2014. Porém, o
registro precisa ser feito até outubro deste ano. O Rede (?) de Marina não tem
propostas substanciais, tal qual ao PSDB, que, despido de programa de Governo e
projeto de País, alia-se à imprensa de negócios privados para fazer oposição
aos governos trabalhistas de Lula e de Dilma.
Contudo, todo mundo sabe — até os
recém-nascidos e os mortos mais antigos — que Marina Silva se exibiu sem
propostas na Rio+20, além de fazer o jogo das ONGs estrangeiras alinhadas à
agricultura europeia e estadunidense para que a poderosa agricultura nacional
não domine mercados específicos deste setor em âmbito internacional.
Todos nós sabemos que Marina Silva compôs
com os tucanos e os seus apêndices PPS e DEM para derrotar a Dilma nas eleições
de 2010. Todo mundo sabe que a ex-candidata verde, por conveniência, traiu o
presidente trabalhista, Lula, depois de ser ministra do Meio Ambiente por seis
anos, e, mesmo assim, obter péssimos resultados em comparação com o seu sucessor,
Carlos Minc.
Minc, em quase dois anos, ou seja, em um
tempo muito menor à frente do MMA obteve resultados, no que tange à preservação
do meio ambiente — combate às queimadas, aos madeireiros, aos caçadores e
multas pesadas aos fazendeiros que não tinham autorização para desmatar, e,
criminosamente, poluir ou assorear rios, lagos, córregos e nascentes — muito
melhores do que os de Marina Silva, que insiste em uma retórica sem fim,
cansativa, enfadonha e nenhuma praticidade como comprovou quando foi ministra.
Todo mundo sabe que a Marina Silva não
passa de uma quinta coluna que atrai verdes do mercado de capitais e uma classe
média ressentida e envergonhada de votar na direita, que entorta o nariz,
porém, mais despolitizada (muito mais) que a maioria das pessoas moradoras de
comunidades carentes do Rio de Janeiro que eu conheço.
E todo mundo sabe que os 20 milhões de
votos que a Marina teve (60%) não são dela, mas sim dos eleitores
conservadores, que, evidentemente, não iriam votar em Dilma. Eles pensaram
que a Marina fosse superar o Serra ou ajudá-lo a ir para o segundo turno, o que
aconteceu. Mesmo assim os dois candidatos de oposição acabaram com os burros
n’água, pois derrotados pela realidade das conquistas econômicas e sociais
efetivadas pelo governante trabalhista do PT.
Não satisfeita com sua dissidência de
conveniência, Marina Silva, aquela que fala muito e não diz nada, após as
eleições presidenciais passadas ensaiou anunciar seu ingresso no PPS, o partido
do ex-comunista Roberto Freire, político incoerente e traidor de suas próprias
convicções, que teve de se mudar para São Paulo, porque em Pernambuco ele não é
eleito nem para síndico, porque está mais sujo que pau de galinheiro.
O PPS, tal qual o PV da Marina Silva
candidata a presidente, é um partido de aluguel e um apêndice dos tucanos, que,
quando perderem as eleições para governador de São Paulo, vão sumir do mapa e
nem a ajuda e a cumplicidade da imprensa golpista, comercial e privada (privada
nos dois sentidos, tá?) não vai mais adiantar.
Marina Silva é o que é; porque sua
ideologia e seus propósitos são o que são: oportunismo político, inveja da
Dilma, traição a Lula e ao PT, ou seja, rancor, muito rancor e ressentimentos
congelados no freezer, tal qual ao senador Cristovam Buarque (PDT/DF), que,
demitido por Lula do Ministério da Educação, saiu do PT e foi fazer oposição ao
lado dos tucanos derrotados pelas urnas e pelo povo brasileiro, que sabe que
gente neoliberal suga o sangue do direito à cidadania e vende o patrimônio do
Brasil.
Marina Silva tem um problema muito sério e
grave: o povo do Acre (seu colégio eleitoral) não vota nela. Nas eleições de
2010, ela ficou atrás do Serra e da Dilma. O povo do Acre sabe quem ela é e por
isso não a “compra” e nem a “vende”. Somente os burguesinhos verdes de etiqueta
e butique e os reacionários de direita também “verdes” ou de outras cores, por
oportunismo, votam nela.
Agora a Marina e seu grupo se preparam para
concretizar o Rede Sustentabilidade, e acham que vão se dar bem ou ser o centro
das atenções. Ledo engano. Quem vai chamar a atenção este ano vai ser o
desenvolvimento sustentável do Brasil, porque o governo trabalhista da
presidenta Dilma Rousseff tem propostas, metas e, o mais importante, resultados
para apresentar à Nação brasileira quando começar o horário eleitoral na
televisão e no rádio. E Marina sabe disso. Seu partido sabe disso, e a velha
imprensa alienígena e por isso cúmplice dos interesses internacionais também.
O sistema midiático neoliberal e de direita
vai manipular e criticar açodadamente o governo, pois é de oposição. Contudo,
não vai adiantar, porque fatos são fatos; realidades são realidades; e números
e estatísticas são números e estatísticas. Não vai dar para mentir e dissimular
indefinidamente, para sempre...
Os verdes e principalmente os neoverdes não
têm compromisso com o povo brasileiro, com algumas exceções. Lógico. Eles têm
compromissos com os jabás das ONGs estrangeiras e brasileiras, que se dizem
verdes e lutam para que o Brasil não se torne a maior potência agroindustrial
do planeta, apesar de já estar entre as três maiores, porque nós temos terra,
água e sol, a base para que uma nação se torne independente e autossuficiente
no que diz respeito à agricultura e à pecuária, bem como no que é relativo a
outros segmentos do setor primário.
A senhora quinta coluna, Marina Silva,
combateu Belo Monte e tenta atrasar o desenvolvimento da superagricultura
brasileira, de forma que ela não se torne hegemônica no mundo. Mas vai ser,
porque nós temos o que os outros países não têm. Volto a repetir: sol, água e
chuva todo ano, além de terras imensas, agricultáveis e apropriadas ao plantio.
Ainda temos a nossa Nasa, que é a Embrapa, empresa estatal de ponta, de alto
rendimento, que deixa muita gente da oposição e da imprensa entreguista e
subserviente com ódio ao tempo que frustradas e inconformadas.
Sorry, periferia. Marina Silva é uma tucana
de bico verde como o é também o Cristóvam Buarque, que deveria sair do PDT,
partido aliado do governo trabalhista em âmbito federal. Marina tem de ter o
cuidado de não cair na Rede e sem base de sustentação e abraçada por
megaempresários, a exemplo da banqueira do Itaú. Agora, a pergunta que teima em
não calar: a quem representa, de fato, a senhora Marina Silva? É isso aí.”
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