Danilo Macedo, Agência Brasil
“Não adianta a gente cometer a irresponsabilidade de distribuir muita terra e não permitir que o agricultor encontre na terra uma maneira de sobreviver. No Brasil, há muitos assentamentos que se transformaram quase em favelas rurais”, disse Carvalho durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
De acordo com ele, essa consequência acendeu um sinal de alerta para o governo. “Foi com essa preocupação que a presidenta Dilma fez uma espécie de freio do processo para repensar essa questão da reforma agrária e, a partir daí, tomarmos um cuidado muito especial sobre o tipo de assentamento.”
Segundo Carvalho, o Programa Terra Forte, lançado no início da semana pela presidenta em Arapongas (PR) é resultado da reflexão e da decisão política de tornar os assentamentos uma referência positiva. O programa investirá R$ 600 milhões em projetos de agroindústria para assentamentos da reforma agrária. “Não queremos assentamentos dependentes do Incra [Instituto Nacional de Reforma Agrária], não queremos assentamentos que sejam apenas uma forma de enganar as pessoas dando a elas uma esperança que depois não se concretiza.”
O ministro disse ainda que o Incra,
responsável pela reforma agrária, passa por um processo de reestruturação,
assim como os órgãos de assistência técnica rural. O objetivo é que os
produtores recebam acompanhamento adequado, e o governo possa fiscalizar
efetivamente o andamento da reforma agrária nesse novo molde. “Tivemos de fato
um processo em que o Incra foi depredado, foi desmontado em gestões
anteriores”, destacou ele a respeito do trabalho para recuperar o instituto.”
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