Lula e Dilma, no
ato comemorativo de aniversário do PT e dos 10 anos do partido à frente do
governo federal (R. Stuckert Filho/PR)
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“Em comemoração de dez anos de governos
petistas, ex-presidente afirma que quer comparações com gestões anteriores no
campo social, econômico e também no tema corrupção
Eduardo Maretti, Rede Brasil Atual
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
afirmou ontem (21) que a resposta que o PT deve dar aos seus críticos será a
uma nova vitória da presidenta Dilma Rousseff em 2014. Não é a primeira vez que
Lula afirma manifesta que a atual presidenta tem sua preferência para disputar
a reeleição em 2014, Mas foi a mais defesa mais categórica até aqui, num dia em
que o partido foi bombardeado por críticas como que setores da imprensa
tentaram se antecipar à festa. “Eles podem se preparar, podem juntar quem eles
quiserem, porque, se eles têm dúvida, nós vamos dar como resposta a reeleição
da Dilma em 2014", afirmou, ao lado da presidente.
Lula fez discurso contundente, misturando
críticas à oposição e bom humor. Provocou os jornalistas presentes afirmando
que quando critica a cobertura da imprensa, dizem que é atacado; e quando a
imprensa o ataca, dizem que e crítica. Comentou o discurso de Aécio Neves (PSDB-MG)
na tribuna do Senado, que elencou “13 erros” dos governos do PT, e convocou o s
senadores do partido a se fartarem com o debate do tema no plenário da Casa. No
final do ano, Aécio teve o nome lançado para em disputa em 2014 por Fernando
Henrique Cardoso.
O ex-presidente tucano havia demonstrado
irritação com a agenda petista do dia, já que a festa previa elencar resultados
alcançados nos últimos dez anos a serem comparados com a gestão do PSDB. FHC
havia dito que o PT precisa crescer, parar de ficar fazendo comparações, e
fazer propostas para o futuro. Lula rebateu. Disse que as comparações são
necessárias, e que devem ser feitas em todas as áreas: social, econômica,
externa e, inclusive, na corrupção.
Sobre o início do período de uma década de
governo do partido, disse que em 2003, no começo do primeiro mandato,
"tinha a convicção de que não podia errar, porque eles são implacáveis. Eles
não gostam de governo de esquerda e de governo progressista", afirmou.
O ato comemorativo do PT deu início a uma
série de seminários que serão realizados no país, em parceria com o Instituto
Lula e a Fundação Perseu Abramo. Importantes lideranças da legenda, entre
parlamentares, ministros, prefeitos e governadores, marcaram presença. Lideranças
do PR, PSB, PCdoB, PSD e PDT, integrantes da basse alidada, também discursaram.
O auditório do hotel Holiday Inn
ficou lotado, havia ainda centenas de pessoas do lado de fora acompanhando o
evento pelo telão e mais de 60 mil pessoas acompanharam pela internet, segundo
os organizadores. O evento fez parte das comemorações dos 33 anos de fundação
da legenda. O próximo ato será realizado dia 28, em Fortaleza.
Em sua fala, Lula mencionou os índices
sociais e os que mostram a evolução do emprego, e o sucesso da política
econômica de sua gestão e de Dilma para dizer que os dados estão deixando os
adversários "inquietos".
A presidenta Dilma fez um discurso longo e
recheado de números e estatísticas para respaldar, no discurso, "a escolha
pelo social" dos governos petistas. Ironizou as dúvidas sobre a redução da
energia elétrica, divulgadas pelos partidos de oposição e por setores da mídia
quando do anúncio da medida, e disse que esse discurso midiático-político
continua.
"O mesmo tipo de previsão equivocada e
tendenciosa começa agora a se repetir em relação à capacidade do Brasil de
aumentar seu ritmo de crescimento e manter a estabilidade econômica. Repito:
nossos fundamentos estão cada vez mais sólidos", garantiu a presidenta. Segundo
ela, o seu governo, que enfrentou "uma das maiores crises internacionais
da história, está mais do que preparado para enfrentar os desafios do presente
e do futuro".
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