Dilma Rousseff
chega a Malabo, capital da Guiné Equatorial, para cúpula da América do
Sul-África (Roberto Stuckert Filho/PR)
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Renata Giraldi, Agência Brasil
“A presidenta Dilma Rousseff destacou hoje
(22) a importância do crescimento econômico nos países da América do Sul e da
África e o passado comum entre as duas regiões. Dilma está em Malabo, na Guiné
Equatorial, onde participa da 3ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo
América do Sul-África (ASA). Segundo ela, o século 21 será um período de
destaque para os países sul-americanos e africanos.
Para a presidenta, será possível “reduzir a
distância” entre os sul-americanos e africanos e os países em desenvolvimento. Dilma
lembrou que o momento atual é diferente do passado que ligou a África às Américas
por meio da escravidão. “Viva a Unasul [União de Nações Sul-Americanas], a
América do Sul e a África!”, disse a presidenta.
A Cúpula América do Sul-África (ASA) representa a consolidação de compromissos baseados na integração sul-americana e no aprofundamento das relações com o Continente Africano. A união entre os países das duas regiões resulta em um grande território com uma diversidade de recursos naturais e biodiversidade, além de uma população de 1,4 bilhão de pessoas.
As economias das regiões somam um Produto Interno Bruto (PIB) de mais de US$ 6 trilhões. O intercâmbio comercial entre as duas regiões aumentou no período de 2002 a 2011. Pelos dados do governo brasileiros, o comércio entre o Brasil e a África passou de US$ 5 bilhões, em 2002, para US$ 26,5 bilhões, em 2012
Também está em discussão a campanha para a ampliação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que atualmente tem 15 integrantes. Não há membros africanos ou sul-americanos entre os que detêm o status de membro permanente no órgão. Durante a cúpula, o governo brasileiro aproveita para fazer campanha em favor do embaixador Roberto de Azevêdo, que disputa o cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Ontem (21) o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, lembrou que os países da América do Sul e África têm como “desafios comuns” a erradicação da pobreza, a garantia da segurança pública, a promoção da competitividade econômica e a distribuição mais equitativa da renda proveniente de recursos naturais.
O ministro lembrou a história que une a América do Sul e a África: “A verdade é que a África civilizou boa parte da América do Sul, o que faz deste um encontro entre irmãos. No passado, o Atlântico Sul foi marcado por séculos de violações sistemáticas dos direitos humanos em que milhões de africanos migraram para o nosso continente como escravos.”
Em seguida, Patriota ressaltou que: “Hoje,
em contraste, com aquele passado atentatório à dignidade humana, trabalhamos
juntos para a construção, em nossas regiões, de sociedades que conjuguem paz,
desenvolvimento sustentável e justiça social, em benefício de uma ordem
internacional mais democrática.”
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