Camila Maciel, Agência Brasil
“Sobrevivente da chacina que deixou sete
mortos na última sexta-feira (4) na capital paulista permanece internado e o
seu quadro de clínico é estável, informou a Secretaria Municipal de Saúde. Oswaldo
Santos, de 20 anos, passou por cirurgia ontem para retirada de bala da região
torácica. Neivan dos Santos, 23 anos, que levou um tiro de raspão na coxa, foi
socorrido no Hospital do Campo Limpo e foi liberado nesse sábado (5).
Os dois feridos devem ser ouvidos como
testemunhas pela Polícia Civil para tentar esclarecer o crime que ocorreu por
volta das 23h20 na região do Campo Limpo, zona sul de São Paulo. De acordo com
a Secretaria de Segurança Pública (SSP), as vítimas estavam dentro de um bar,
quando vários homens encapuzados desceram de um carro atirando. Cinco pessoas
morreram no local e quatro foram levadas a hospitais da região.
O adolescente Brunno de Cássio Cassiano
Souza, de 17 anos, chegou a ser socorrido, mas morreu logo após dar entrada em
uma unidade de saúde. Almando Salgado dos Santos Júnior, de 41 anos, morreu no
meio da tarde de ontem.
A chacina está sendo investigada pelo
Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e pela Corregedoria da
Polícia Militar, órgão que apura desvios de conduta de membros da corporação. O
governador Geraldo Alckmin em declaração à imprensa ontem (5), após participar
de evento, disse que nenhuma hipótese será descartada na investigação do crime.
"Tudo vai ser investigado com profundidade e rigor até prender os
criminosos. A polícia está trabalhando já com vários indícios desde a
madrugada", declarou em reportagem veiculada pela TV Brasil.
A SSP descartou ontem, por meio de nota,
que uma das vítimas da chacina seria o cinegrafista amador que fez imagens de
uma ação policial no mesmo bairro, ocorrida em novembro do ano passado, que
resultou na morte de um servente de pedreiro. As imagens mostram que um
policial militar dispara contra o homem mesmo depois de ele estar rendido.
De acordo com a secretaria, a hipótese de
que um dos mortos ser o autor das gravações foi levantada pelos próprios
moradores do bairro, mas, após averiguações da Polícia Civil, essa suspeita não
foi confirmada. O órgão informou ainda, por meio da assessoria de imprensa, que
o nome do cinegrafista não constava no inquérito da morte do servente, porque
as imagens foram entregues a um canal de televisão, sem a identificação da
pessoa que fez a filmagem.”
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